Capital

Viaduto cede novamente, apesar do trabalho de escoramento

Camila Boehm/Agência Brasil

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Escoramento do viaduto da pista expressa da Marginal Pinheiros, próximo à Ponte do Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, que cedeu dia 15. (TV Brasil/Reprodução)

O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Vitor Aly, disse hoje (17) que está “mais aliviado” com a situação do viaduto na Marginal Pinheiros, que cedeu cerca de dois metros na última quinta-feira (15), já que os trabalhos de escoramento estão avançando.

“O escoramento é uma estrutura passiva e só vai segurar a estrutura na hora em que ela se deformar e encostar nele. Ela está esperando o viaduto encostar, o que está ocorrendo devagar. Essa deformação está dentro do que a gente estava esperando”, disse.

Segundo o secretário, de ontem à noite até a manhã deste sábado houve novamente uma movimentação na estrutura em função da diferença de temperatura. “Tivemos uma variação de temperatura e, como era esperado, a estrutura é projetada para isso, houve uma movimentação. Tivemos um recalque [rebaixamento] do lado direito de três milímetros, representando um centímetro no acumulado desde o início dos trabalhos de escoramento. Do lado esquerdo, registramos 1,2 centímetro acumulado [de rebaixamento]”.

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Prioridades

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(Nivaldo Lima/SP AGORA)

Na manhã de ontem (16), a estrutura já tinha sofrido uma movimentação de sete milímetros e, por isso, as ações para escoramento da estrutura foram aceleradas. Hoje, 75 funcionários trabalham no local.

O secretário voltou a informar que a prioridade é a segurança dos trabalhadores e do viaduto. “Estamos tomando todas as medidas de segurança. Nossa prioridade é a segurança. Primeiro, a segurança das pessoas que estão trabalhando, segurança da estrutura, segurança da preservação da linha da CPTM. Todas as medidas estão sendo tomadas no sentido do escoramento para abreviar a interrupção da CPTM e para a segurança dos operários.”

Devido a trepidação causada à estrutura, a circulação de trens da Linha 9-Esmeralda da CPTM, que passa sob o viaduto, foi interrompida entre as estações Pinheiros e Ceasa desde a manhã de ontem. As estações Villa Lobos-Jaguaré e Cidade Universitária estão fechadas. O sistema de ônibus gratuito Paese foi acionado e faz a integração no trecho interrompido.

Comitê

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O local é rota de acesso à Rodovia Castello Branco, que leva à cidades do interior do estado (Nivaldo Lima/SP AGORA)

“Nosso objetivo é liberar o mais rápido possível a linha da CPTM”, disse o secretário. No entanto, ele informou que testes com os trens da CPTM só devem ocorrer depois que o escoramento estiver completo.

“Vamos dar andamento ao macaqueamento [movimentação da estrutura para que ela retorne ao nível ideal] da estrutura, que não é solução de consertar o problema. É só para aliviar a tensão do pilar rompido, de forma que a gente preserve a segurança de quem está trabalhando e a do tabuleiro”, acrescentou.

Conforme o secretário, a equipe não teve acesso ainda ao interior da estrutura do viaduto, o que inviabiliza identificar o tamanho do dano causado. “O prefeito já anunciou um comitê de crise, está estabelecido em função da gravidade do problema que estamos aqui acompanhando”.

A avaliação dentro da estrutura só será feita quando a equipe considerar que a estrutura está estável. O secretário lamentou o fato de o degrau formado pela parte do viaduto ter sido pichado, já que a estrutura está comprometida. Ele informou que os dois autores da ação foram presos pela Guarda Civil Municipal.

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