MP quer extinção de contrato de privatização com a Via Mobilidade
A decisão do Ministério Público ocorre após seis descarrilamentos terem acontecido desde que a Via Mobilidade assumiu a operação das linhas 8 e 9 da CPTM. Tal fato, aliado à constatação de problemas estruturais que a empresa não tem conseguido resolver, levou o MPSP a encerrar as negociações com a Via Mobilidade e buscar a extinção do contrato de privatização.
Além disso, declarações do promotor de Justiça Silvio Marques sugerem que a situação é grave e que não há mais como esperar que um acidente ainda mais grave aconteça para tomar medidas. Ele afirmou que a solução apontada pelo MPSP é que as duas linhas privatizadas sejam operadas por outra empresa através de uma nova licitação ou que voltem a ser administradas pela CPTM.
A Via Mobilidade, por sua vez, afirmou que investiu R$ 1 bilhão em melhorias nas linhas desde o início da concessão e que planeja investir ainda mais em 2023, com a aquisição de 36 novos trens da fabricante Alstom e o investimento de R$ 1,5 bilhão em melhorias.
No entanto, o promotor destacou que não aceitará nenhuma tentativa de reequilíbrio no contrato com a Via Mobilidade e que qualquer medida nesse sentido será considerada improbidade administrativa pelo MPSP. A empresa, por sua vez, disse que não teve acesso ao conteúdo do relatório do MPSP e que prestará esclarecimentos aos órgãos competentes.