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Tempestade na Líbia deixa mais de 2 mil mortos e 10 mil desaparecidos, alertam autoridades

Uma tempestade intensa atingiu a Líbia no domingo (10), resultando em mais de 2 mil mortes e deixando cerca de 10 mil pessoas desaparecidas, de acordo com informações do diretor de um hospital na região de Derna, a cidade mais afetada pelas chuvas, relatado à Reuters.

Autoridades do Crescente Vermelho, equivalente à Cruz Vermelha nos países de maioria islâmica, também afirmaram que há um grande número de desaparecidos, estimado em cerca de 10 mil pessoas.

Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil e membro do Comitê de Emergência formado após as enchentes, descreveu a situação como caótica, relatando que “os corpos estão por toda parte – na água, nos vales, sob os edifícios”. Ele alertou que o número de mortos pode ultrapassar 2,5 mil à medida que mais pessoas são relatadas como desaparecidas.

Derna, uma cidade costeira da Líbia, foi severamente afetada pela tempestade. A cidade é cortada por um rio que flui das terras altas em direção ao sul, e as barragens que deveriam impedir inundações foram destruídas pela força da água. Ruas foram inundadas, casas foram destruídas, carros foram virados e moradores foram arrastados pela correnteza.

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Além de Derna, outras cidades como Benghazi, Sousse, Al Bayda e Al-Marj também foram afetadas pela tempestade mediterrânea Daniel, que chegou à Líbia no domingo. Antes de atingir o norte da África, a tempestade causou estragos na Grécia, Turquia e Bulgária.

A Líbia solicitou ajuda internacional para a recuperação da tragédia, e países como Estados Unidos e Turquia já enviaram aviões com suprimentos para auxiliar o país africano.

Embora a tempestade tenha perdido força após passar pela Líbia, ela agora chegou ao Egito, levantando preocupações e colocando as autoridades do país em alerta.

Além dos desafios enfrentados pelas enchentes, a Líbia também lida com um regime parlamentarista desde a revolta popular de 2011 que resultou na queda do então líder Muammar Gaddafi. O país está dividido em duas frentes desde 2014: uma alinhada à Otan, reconhecida internacionalmente, e outra liderada por Osama Hamad, que controla o leste do país. Abdulhamid al-Dbeibah foi escolhido como primeiro-ministro em 2021, prometendo realizar novas eleições em todo o país, mas desentendimentos sobre as regras da eleição têm adiado a definição de uma data para o pleito.

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