Economia

No último mês, o Caged registrou 211.764 postos de trabalho abertos em setembro

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego indicam desaceleração na geração de postos de trabalho com carteira assinada


A criação de emprego formal apresentou uma queda em setembro, de acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. No último mês, foram abertos 211.764 postos de trabalho com carteira assinada, representando uma diminuição de 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram criadas 1.599.918 vagas, uma redução de 26,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa comparação leva em consideração os dados com ajustes, que incluem declarações entregues em atraso pelos empregadores.

Apesar da desaceleração em setembro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manteve a projeção de criação de 2 milhões de postos de trabalho para este ano. No entanto, ele não descarta a possibilidade de uma variação para baixo, com o número ficando em 1,9 milhão.

Marinho ressaltou que as medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo e a redução da taxa de juros pelo Banco Central levarão algum tempo para surtir efeitos na economia real. Ele destacou que a reorganização dos processos é um processo mais lento do que o desejado, enfatizando que o mundo real é mais lento que as vontades dos governos.

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Em relação aos setores, os cinco ramos de atividade pesquisados apresentaram criação de empregos formais em setembro. O setor de serviços liderou a estatística, com a abertura de 98.206 postos de trabalho, seguido pelo comércio, com 43.465 postos a mais. A indústria, incluindo transformação, extração e outros tipos, foi responsável pela criação de 43.214 postos de trabalho.

Na construção civil, houve um aumento no nível de emprego, com a abertura de 20.941 postos. Mesmo diante da pressão pelo fim da safra de diversos produtos, a agropecuária criou 5.942 vagas no mês passado, impulsionada pela colheita da cana-de-açúcar no Nordeste.

Dentro do setor de serviços, o destaque ficou para o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 41.724 postos formais. Já a categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 20.383 vagas.

Na indústria, a indústria de transformação foi o destaque positivo, contratando 41.952 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, a indústria extrativa abriu 1.082 vagas.

Vale ressaltar que, a partir de 2020, as estatísticas do Caged não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio, diferentemente da série histórica anterior que separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 82.350 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 75.108 postos. Em seguida, vem o Sul, com 22.330 postos. O Norte abriu 16.850 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 14.793 vagas formais no mês passado.

Na divisão por unidades da Federação, todas as 27 registraram saldo positivo. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+47.306 postos), Pernambuco (+18.864) e Rio de Janeiro (+17.998). Os números mais baixos de abertura de vagas foram registrados no Amapá (+1.027), em Roraima (+763) e no Acre (+360).

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Fonte
Agência Brasil
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