Acordo de livre comércio entre Brasil e Chile sai até o fim do ano
Representantes do Brasil e Chile encerraram as rodadas de negociações para fechar o acordo de livre comércio entre os dois países. A expectativa é que o futuro acordo seja assinado até dezembro. Ele deve incluir 17 áreas de eletrônicos a comércio de serviços, sem abordar as questões de natureza tarifária.
Ambos os países se comprometeram a eliminar a cobrança de roaming (serviço que permite ligações em regiões fora de cobertura da operadora) internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países.
- Como escolher as roupas certas para a prática esportiva
- Promotores denunciam torcedores da Mancha Alvi Verde por ataque a ônibus do Cruzeiro
- CPTM tem manhã tumultuada após descarrilamento
- Justiça condena ex-assessor de Bolsonaro por gesto racista
- Golpe da CNH suspensa leva justiça a bloquear contas de 131 empresas
É a primeira vez que o Brasil assume, em acordo bilateral, compromissos envolvendo comércio eletrônico, práticas regulatórias, transparência em anticorrupção, cadeias regionais e globais de valor, gênero, meio ambiente e assuntos trabalhistas.
O novo acordo incluirá os chamados “temas de natureza não tarifária”, como comércio de serviços e de eletrônicos, telecomunicações, medidas sanitárias e fitossanitárias. A disposição é facilitar o comércio, a partir de questões sobre propriedade intelectual, por exemplo, envolvendo micro, pequenas e médias empresas.
A expectativa é que a partir daí seja complementado o Acordo de Complementação Econômica entre o Mercosul e o Chile que estabeleceu a remoção das tarifas de importação ao comércio bilateral.
Negociações
Ao todo foram quatro rodadas de negociações, encerradas no último dia 19. O processo negociador foi iniciado, durante visita do presidente Sebastián Piñera a Brasília, em abril deste ano.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informa que o novo acordo ampliará o comércio entre os dois países.
“O novo acordo contribuirá para impulsionar os fluxos de comércio e investimentos entre o Brasil e o Chile, nos setores tanto de bens quanto de serviços. Constituirá, ao mesmo tempo, um vetor de aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico e de reforço da integração regional.”
Comércio
O Chile é o segundo principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul. Em 2017, o intercâmbio comercial bilateral alcançou US$ 8,5 bilhões, o que representa incremento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De janeiro a setembro de 2018, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 7,21 bilhões, aumento superior a 13% em relação ao mesmo período de 2017. O Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América Latina e principal destino dos investimentos chilenos no exterior, com estoque de US$ 31 bilhões.