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Alemão é suspeito do desaparecimento de criança há 15 anos

O Ministério Público de Faro, no sul de Portugal, informou nesta quinta-feira (22/04) que um alemão foi formalmente identificado como suspeito do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann no Algarve em 2007. O abusador de crianças condenado por tráfico de drogas já fora identificado em 2020 como potencial suspeito no desaparecimento da menina.

As autoridades alemãs declararam o homem como suspeito oficial a pedido de Portugal, informaram os promotores portugueses. Segundo eles, a investigação foi realizada com a cooperação de autoridades britânicas e alemãs.

Madeleine McCann, criança de olhos claros, pele branca, cabelos loiros.
Madeleine McCann desapareceu em 2007 (Reprodução)

Em Portugal, a prescrição para tais crimes é de 15 anos. No caso do desaparecimento de Madeleine − ou Maddie −, o prazo de prescrição expirará em 3 de maio.

Maddie tinha três anos quando desapareceu de um apartamento alugado por sua família na estância de férias da Praia da Luz, em 3 de maio de 2007. Inicialmente, os promotores portugueses chegaram a investigar os pais da criança, mas mais tarde eles foram inocentados.

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Quem é o suspeito?

A polícia alemã revelou em 2020 que estava investigando um homem − preso na época por outro crime − pelo desaparecimento de Madeleine, dizendo acreditar que ele a matou. A polícia alemã identificou o suspeito como um abusador de crianças condenado por tráfico de drogas, que está atualmente cumprindo uma pena de 7 anos de prisão no norte da Alemanha pelo estupro em 2005 de uma americana de 72 anos na Praia da Luz.

Segundo a agência de notícias Reuters, documentos judiciais mostram que o suspeito viveu no Algarve entre 1995 e 2007, onde assaltava hotéis e apartamentos. Os documentos citados pela Reuters dizem que ele falsificou passaportes e foi pego roubando diesel num porto português.

Seu advogado, Friedrich Fülscher, disse ao jornal alemão Bild na quinta-feira que desaconselha a “superestimação” de seu cliente ser formalmente designado como suspeito.  “Sem conhecer detalhadamente a situação jurídica portuguesa, assumo que esta medida é um truque processual para evitar a prescrição iminente em poucos dias”, disse o advogado ao jornal Bild.

A polícia alemã recebeu sua primeira denúncia ligando o suspeito ao caso em 2013, depois que os pais da menina apareceram em um programa nacional de crimes não resolvidos para pedir ajuda.

Nota: A Deutsche Welle segue o código alemão de imprensa alemão, que enfatiza a importância de proteger a identidade de suspeitos.

rw (AFP, Reuters, Lusa)

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