Brasil

Amigo de estudante picado por Naja é preso

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou hoje (22) a terceira fase da Operação Snake, em que cumpriu mandado de prisão temporária contra o estudante de veterinária Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Henrique Kambreck Lehmkul, jovem que ficou em coma após ser picado por uma cobra naja.

naja cobra
Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no zoológico da capital federal (Ivan Mattos/Zoológico de Brasília)

Ribeiro e Kambreck, que também é estudante de veterinária, são suspeitos de integrar um grupo dedicado ao tráfico de animais exóticos no DF. O mandado de prisão de Ribeiro foi expedido após uma representação da autoridade policial. Segundo a PCDF, há indício de que ele estaria tentando obstruir diligências policiais desde o início das investigações.

Ele é suspeito ainda de ter ocultado 16 serpentes de Pedro Kambreck, que foi picado em 7 de julho por uma Naja kaouthia – cobra originária da Ásia, cujo veneno pode matar. Os animais foram encontrados em um haras na cidade de Planaltina. Ribeiro teria também deixado a naja dentro de uma caixa perto de um shopping na região central de Brasília.

Os atos teriam sido praticados enquanto Kambreck estava internado em coma devido à picada. Após tratamento com soro antiofídico enviado pelo Insituto Butantan, em São Paulo, ele teve alta na semana passada.

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Em 15 de julho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) informou que Ribeiro foi multado em R$ 81,3 mil por dificultar a ação do órgão e manter animais nativos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.

O Ibama também multou Kambreck em R$ 61 mil por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticas em cativeiro sem autorização. Até a semana passada, o instituto disse ter recebido 32 serpentes, além de tubarões, que foram entregues voluntariamente após a picada da naja.

Gabriel Ribeiro foi encaminhado à 14ª Delegacia de Polícia no Gama – região a 30 km de Brasília -, que conduz a investigação sob sigilo. A Agência Brasil tenta contato com a defesa do estudante preso.

Por Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

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