Banco Central mantém taxa básica de juros em 13,75%
O Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, em sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão veio em meio a uma desaceleração da economia e pressões do governo, porém, era esperada pelos analistas financeiros. O Copom mencionou a deterioração do ambiente internacional, com bancos nos EUA e Europa enfrentando problemas e a maioria dos países sofrendo com inflação alta.
No cenário doméstico, a desaceleração da economia continua, com a inflação acima do teto da meta. A inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que encerrou fevereiro em 5,6% no acumulado de 12 meses. Isso vem acontecendo devido ao aumento dos preços dos alimentos, reoneração parcial dos combustíveis e gastos com educação e saúde. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,25% para 2023.
O Banco Central utiliza a Selic como principal instrumento para controlar a inflação oficial. Com taxas mais altas, o crédito se torna mais caro, desestimulando a produção e o consumo, mas ajudando a controlar a inflação. As previsões do mercado apontam para crescimento de 0,88% do Produto Interno Bruto (PIB), com o objetivo de impulsionar a economia do país.
Com a Selic mantida em 13,75%, o Banco Central conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas de inflação. As expectativas do mercado podem mudar com a nova edição do Relatório de Inflação, a ser divulgada no final de março. No entanto, a manutenção da taxa é vista como uma decisão prudente em um ambiente de incertezas e volatilidade nos mercados financeiros, tanto no cenário brasileiro quanto internacional.