CNI aponta melhora na confiança dos empresários
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu 3,1 pontos em relação a julho e alcançou 53,3 pontos em agosto. O indicador ficou acima da linha divisória dos 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança. Os dados são da pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje (20).
O ICEI está abaixo da média histórica, que é de 54,1 pontos, e dos 55,5 pontos registrados em maio, antes da greve dos caminhoneiros.
De acordo com a pesquisa, a confiança aumenta entre as empresas de grande porte, em que o indicador alcançou 54,4 pontos. Nas de pequeno porte ficou em 51,2 pontos e, nas de médio, em 53 pontos.
Nas indústrias extrativas, o ICEI subiu para 58,5 pontos, acima dos 53,5 pontos registrados na indústria de transformação e dos 51,8 pontos verificados na construção.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, disse que uma série de fatores contribuiu para a melhora dos números: a normalização da atividade industrial, após a greve dos caminhoneiros, o ingresso no período do ano em que há maior atividade econômica. Porém, há outros que podem atrapalhar. “Contudo, as incertezas eleitorais e a tabela de preços mínimos de frete impedem uma confiança maior.”
Impactos
De acordo com a pesquisa, o aumento da confiança neste mês é resultado, especialmente, da percepção sobre as condições futuras da empresa e da economia. O Índice de Expectativas subiu de 53,5 pontos em julho para 56,3 pontos em agosto. Com isso, continua a apontar otimismo dos empresários em relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses.
O Índice de Condições Atuais subiu de 43,6 pontos em julho para 47,2 pontos em agosto. Mas ainda está abaixo dos 50 pontos, mostrando que os empresários ainda percebem a piora das condições atuais dos negócios. Em maio, antes da greve dos caminhoneiros, o indicador estava em 50,1 pontos.
O ICEI é um indicador ajuda a entender as tendências da indústria e da economia. Empresários confiantes tendem a ampliar a produção e os investimentos, o que estimula o crescimento da economia. Esta edição da pesquisa foi feita entre 1º e 13 de agosto com 2.838 empresas, das quais 1.126 são pequenas, 1.061 são médias e 651 são de grande porte.