Com câncer e metástase no fígado, Bruno Covas inicia tratamento
Por Ludmilla Souza
- Vídeo: Avião com dez passageiros cai em Gramado, matando nove pessoasAcidente com o avião ocorreu na manhã deste domingo (22) em área comercial movimentada; autoridades investigam causas da tragédia
- Verão começa hoje com previsão de chuvas abaixo da média no BrasilEstação verão inicia oficialmente em 21 de dezembro; expectativa é de chuvas abaixo da média em diversas regiões brasileiras
- Acidente com ônibus que saiu de São Paulo mata 38 pessoasÔnibus seguia para Vitória da Conquista, na Bahia
- Como escolher as roupas certas para a prática esportivaCada modalidade exige características específicas das roupas, o que torna essencial entender as particularidades de cada prática esportiva
- Promotores denunciam torcedores da Mancha Alvi Verde por ataque a ônibus do CruzeiroUm dos ônibus foi incendiado e um torcedor morreu
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi diagnosticado com adenocarcinoma, um tipo de câncer maligno, situado na região do cardia, na transição do esôfago para o estômago. Através de exame pet scan realizado no último domingo (27), ainda foi descoberta uma metástase no fígado e uma lesão no linfonodo. Ele está internado desde a quarta-feira (23) no Hospital Sírio-Libanês.
Ele também realizou no domingo uma videolaparoscopia — procedimento cirúrgico para visualizar a cavidade abdominal e aprofundar o diagnóstico.
O prefeito deu entrada no dia 23 para o tratamento de uma erisipela. Na sexta-feira (25), ele foi diagnosticado com trombose venosa das veias fibulares e exames subsequentes diagnosticaram tromboembolismo pulmonar.
Em coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira (28), a equipe médica informou que Bruno passará por tratamento quimioterápico.
De acordo com o médico infectologista David Uip, o prefeito está bem fisicamente e emocionalmente. “Ele está ótimo, não tem sintomas, está animado, disposto e confiante”. O médico ainda completou que os achados vieram de uma investigação proativa. “Ele não tem qualquer sintoma, jamais apresentou qualquer sintoma digestivo, não emagreceu, foi realmente um achado de sorte”, disse Uip.
Segundo o médico cardiologista Roberto Kalil, a investigação se deu por conta de um protocolo de investigação quando há o quadro do tromboembolismo.
“Um paciente com uma trombose em um membro inferior, jovem, pesquisamos outras causas além do simples fato de ser postural, ficar com a perna muito para baixo, e não é o caso dele que é muito ativo. Então faz parte da investigação de embolia de pulmão em jovem procurar neoplasia e feita a tomografia já mostrou uma lesão no estômago. A completamentaçao dos exames confirmou o diagnóstico”, explicou o cardiologista.
O médico cirurgião digestivo Raul Cutait explicou que a lesão é totalmente assintomática. “A lesão não chegou a trazer nenhuma dificuldade para alimentação, deglutição nesse sentido. Há um linfonodo que está adjacente e um único nódulo hepático. Nessas condições o tratamento de escolha é o tratamento quimioterápico, por meio desse exame se pode englobar a doença toda ao mesmo tempo”.
Tratamento
Segundo o oncologista clínico Tulio Eduardo Pfiffer o tratamento será intenso. “Como ele é jovem, forte e motivado, vamos optar por um tratamento de quimioterapia mais intenso, envolvendo três remédios, infusional, que dura em torno de 36 horas cada ciclo. A média de um ciclo a cada duas semanas. O tratamento é eficaz e os resultados clínicos cada vez melhores”.
De acordo com o médico David Uip, Covas fica internado pelo menos até o fim da semana e por enquanto vai despachar do hospital. A equipe explicou que o tratamento poderia ser feito de forma ambulatorial, mas como ele está internado para tratar a embolia já iniciará o tratamento quimioterápico no hospital.
Não há previsão que ele deixe o cargo para realizar a quimioterapia. ” Ele disse para mim que tem a responsabilidade de ficar no cargo enquanto possível e terá a responsabilidade de deixar o cargo se precisar”, disse o médico David Uip.
Bruno Covas, que tem 39 anos, está no cargo desde abril de 2018, quando o então prefeito João Doria renunciou para disputar a eleição ao governo do estado.