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Conflito armado na Colômbia já expulsou 52 mil pessoas e ameaça processo de paz

Confrontos entre ELN e dissidentes das FARC no Catatumbo resultam em mais de 100 mortes e agravam crise humanitária

A região do Catatumbo, no nordeste da Colômbia, enfrenta uma escalada de violência desde meados de janeiro de 2025, devido a intensos confrontos entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Esse conflito resultou em mais de 100 mortes e forçou aproximadamente 52 mil pessoas a abandonarem suas casas, configurando uma das crises humanitárias mais graves no país desde os anos 1990.

Conflito armado na Colômbia desloca 52 mil pessoas e ameaça processo de paz
Confrontos entre ELN e dissidentes das FARC no Catatumbo resultam em mais de 100 mortes e agravam crise humanitária(Fundación Paz y Reconciliación)

Contexto do Conflito:

A disputa territorial entre o ELN e as facções dissidentes das FARC intensificou-se no Catatumbo, uma região estratégica devido ao cultivo de coca e às rotas de tráfico de drogas. Ambos os grupos buscam controlar essas áreas lucrativas, resultando em confrontos armados que afetam diretamente a população civil. Além das mortes, estima-se que 80 mil pessoas tenham sido impactadas, com 8,6 mil vivendo em confinamento, impedidas de se deslocar por medo da violência.

Impacto Humanitário:

A violência desenfreada levou ao deslocamento massivo de comunidades inteiras, que agora buscam refúgio em abrigos improvisados ou em cidades vizinhas. As condições nesses locais são precárias, com falta de alimentos, água potável e assistência médica adequada. A situação é particularmente alarmante para mulheres e crianças, que enfrentam riscos adicionais em meio ao caos.

Repercussões no Processo de Paz:

O agravamento do conflito no Catatumbo representa um sério revés para a política de “Paz Total” promovida pelo presidente Gustavo Petro. Diante dos recentes ataques e da escalada da violência, o governo suspendeu as negociações de paz com o ELN, colocando em xeque os esforços para alcançar uma solução negociada. Além disso, a nomeação do general reformado Pedro Sánchez como ministro da Defesa indica uma possível mudança de estratégia, com uma abordagem mais militarizada para enfrentar os grupos armados.

Perspectivas Futuras:

A continuidade dos confrontos e a deterioração das condições de segurança no Catatumbo não apenas agravam a crise humanitária, mas também minam a confiança no processo de paz. A comunidade internacional e organizações de direitos humanos têm pressionado por uma resposta mais eficaz do governo colombiano para proteger os civis e retomar as negociações. No entanto, a complexidade do conflito e a fragmentação dos grupos armados representam desafios significativos para a estabilidade e a paz duradoura na região.

Para mais informações sobre a situação no Catatumbo e os esforços de paz na Colômbia, acompanhe as atualizações dos principais veículos de comunicação e organizações internacionais.

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