São Paulo era destino de droga enviada por quadrilha alvo de operação
Em Guaíra, no interior do Paraná, cerca de 100 policiais federais cumprem de 29 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal-PR, sendo 18 de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva. A ação deflagrada nesta sexta-feira (4) faz parte da Operação Overlord, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes.
A droga era transportada a partir da região de Guaíra e tinha como destino a cidade de São Paulo. Os agentes também cumprem mandados nas cidades paranaenses de Terra Roxa, Xambrê, além da capital paulista, Barueri (SP), Itupeva (SP) e Jundiaí (SP).
Segundo a PF, a investigação durou aproximadamente um ano e, durante esse período, foram feitos três flagrantes da atuação do grupo investigado. No total, foram apreendidas mais de uma tonelada de cocaína e 1,2 tonelada de maconha.
O grupo utilizava empresas de transporte de fachada, cujos sócios eram laranjas que sabiam do esquema. Fretes de mercadorias lícitas eram contratados para dissimular o carregamento de drogas em fundos falsos, instalados nos caminhões. Outra prática constatada era a transferência de propriedade dos veículos utilizados para o transporte e para “bater” a carga entre os integrantes da organização.
“As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento, especialmente dos líderes da organização, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor. Desse modo, além dos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 19 investigados, o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes, e ainda o bloqueio de 45 veículos de propriedade de seus membros”, detalhou a PF em nota.
Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Somadas, as penas previstas podem ultrapassar 33 anos de prisão.