Capital

Enel isenta de três contas de energia parte dos clientes afetados pelo apagão

A medida vale para os consumidores de baixa renda cadastrados na tarifa social e os eletrodependentes que ficaram mais de 48 horas sem luz. A isenção acontecerá de forma automática a partir da conta de dezembro.

A Enel anunciou nesta quinta-feira (30) que vai dar isenção de três contas de energia elétrica para parte dos clientes afetados pelo apagão no início de novembro. Segundo a companhia, a medida será concedida para clientes de baixa renda cadastrados no benefício da tarifa social de energia elétrica que ficaram mais de 48 horas sem energia.

A isenção também valerá para os consumidores que dependem de equipamentos elétricos para sobreviver, chamados de eletrodependentes, que também foram previamente cadastrados na distribuidora.

A medida vale para os consumidores de baixa renda cadastrados na tarifa social e os eletrodependentes que ficaram mais de 48 horas sem luz(Divulgação – Enel)

De acordo com o comunicado, a isenção nas contas de energia vale apenas para os clientes cadastrados antes da data do “evento climático que afetou severamente a rede de distribuição, no dia 3 de novembro, em São Paulo“.

A companhia afirmou ainda que aqueles que tiverem débitos em aberto com a Enel poderão ter até três contas atrasadas zeradas, substituindo a isenção nas futuras cobranças.

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Segundo a Enel, o consumidor não precisará entrar em contato com a empresa para registrar a falta de energia no período. A isenção acontecerá de forma automática para os clientes que atenderem aos critérios mencionados. A medida já passa a valer a partir da conta de dezembro.

O apagão em São Paulo foi causado por um forte temporal que atingiu a cidade no dia 3 de novembro, derrubando centenas de árvores e afetando a rede elétrica. Cerca de 1,4 milhão de endereços ficaram sem energia na capital paulista, sendo que alguns bairros permaneceram no escuro por mais de quatro dias.

O apagão gerou prejuízos para comerciantes, moradores e serviços essenciais, como hospitais, escolas e transportes. A Associação Comercial de São Paulo estimou que o apagão causou um prejuízo de até R$ 126 milhões.

A Enel, responsável pelo fornecimento de energia na cidade de São Paulo, foi alvo de críticas e cobranças por parte das autoridades, dos consumidores e da imprensa pela demora e pela falta de transparência na solução do problema.

A CPI da Enel na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou a convocação do presidente interino da Enel Brasil, Guilherme Gomes Lencastre, para depor sobre o apagão. A comissão também quer que a empresa pague uma indenização aos consumidores prejudicados.

A isenção de três contas de energia elétrica anunciada pela Enel São Paulo é uma forma de compensar parte dos clientes afetados pelo apagão, mas não resolve os problemas estruturais da rede de distribuição e nem evita novas ocorrências. Os consumidores devem ficar atentos aos seus direitos e cobrar melhorias na qualidade do serviço.

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