Equipe de Janja acumula R$ 1,2 milhão em gastos com viagens desde 2023
Equipe informal da primeira-dama, composta por pelo menos 12 pessoas, registra despesas significativas em viagens oficiais.
Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023, a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tem sido acompanhada por uma equipe informal composta por pelo menos 12 pessoas. Essa equipe inclui assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens. Os custos mensais com salários dessa equipe somam aproximadamente R$ 160 mil.
Além dos custos fixos com salários, a equipe de Janja acumulou gastos significativos em viagens oficiais desde 2023, totalizando R$ 1,2 milhão. Essas despesas incluem passagens aéreas, diárias e outros custos relacionados às viagens da primeira-dama e de sua equipe.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República foi questionada sobre esses gastos e forneceu informações sobre os cargos formais dos integrantes da equipe de Janja. No entanto, não foram fornecidos detalhes adicionais sobre os custos específicos das viagens ou sobre a natureza das atividades desempenhadas por cada membro da equipe.
Esses gastos têm gerado discussões e críticas, especialmente considerando o contexto de austeridade fiscal e a necessidade de contenção de despesas públicas. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) protocolou uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando investigação sobre os gastos da primeira-dama e a composição de sua equipe.
Por outro lado, a bancada feminina do Partido dos Trabalhadores (PT) no Congresso defendeu a necessidade de uma equipe de assessoria para Janja, destacando seu papel em causas sociais e afirmando que os questionamentos sobre os gastos são “ataques da extrema-direita” carregados de “machismo”.
É importante notar que, apesar de sua atuação pública e envolvimento em diversas atividades sociais e políticas, Janja não ocupa um cargo oficial no governo e, portanto, não recebe salário ou benefícios diretamente relacionados ao serviço público. No entanto, os custos associados às suas atividades e à sua equipe têm sido objeto de escrutínio público e político.