São Paulo

Histórias de romeiros e homenagens a Nossa Senhora Aparecida

Antes da pandemia do novo coronavírus, a semana da Novena e Festa da Padroeira era um tempo de imenso movimento de romeiros às margens da rodovia Presidente Dutra. 

Nos últimos anos, o A12 acompanhou várias histórias de fé: uma filha prematura curada de complicações sérias de saúde, um atropelamento sem trauma ou ferimentos, a cura de problemas sérios de garganta, o pedido para se livrar do vício das drogas e do álcool, a solidariedade ou a pura e simples gratidão. 

Esses são apenas alguns exemplos de histórias trazidas por anônimos das mais diversas localidades, que vêm em romaria, beirando as margens da Rodovia Presidente Dutra. 

Listamos aqui fotos, vídeos e matérias desses encontros. Relembre com a gente! (Fotos: Eduardo Gois/ A12)

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2016

Eles trazem no rosto não só o cansaço, pois o entusiasmo e a fé na Mãe Aparecida são mais fortes do que qualquer limitação física e humana. Veja seis partilhas desses romeiros, que foram verdadeiros presentes.

Leandro e a filha prematura curada

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Foi sentado, devido ao extremo cansaço e dor nos pés, que o trabalhador autônomo e pai de três filhos Leandro Oliveira de Melo contou a sua história. Após percorrer mais de 150 Km, de Guarulhos (SP) até Aparecida (SP), ele afirmou que não foi fácil a caminhada. Partiu da sua casa com um amigo, mas teve de concluir a romaria sozinho. “Meu amigo não aguentou a dor nos joelhos, então tive de seguir sem ele, de Guararema (SP) até aqui.”

O que motivou Leandro foi a cura de uma complicação intestinal séria de sua filha mais nova, que nasceu prematura de sete meses e passou 101 dias na UTI. “Diante da incubadora, sempre pedi para Nossa Senhora Aparecida passar na frente e resolver essa situação”, emocionou-se na ocasião.

Mesmo com os pés repletos de bolhas estouradas, Leandro cativava por sua simpatia e o sorriso no rosto. “Tenho certeza que vou chorar pelo sentimento de missão cumprida. É uma conquista ter chegado até aqui”.

‘Seu Fagundes’ vem só para agradecer: um amor partilhado entre a Mãe do Céu e a mãe da Terra

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Em 2016 era a terceira vez que o aposentado, ‘Seu Fagundes’, vinha de Caraguatatuba (SP) para pedir coisa alguma, nem mesmo pagar por uma promessa atendida, mas sim pelo simples fato de ser grato e amar a Nossa Senhora. “Dessa vez trago uma pessoa muito especial em meu peito, minha mãe. Prometi que enquanto for vivo trarei uma foto dela comigo”.

Maria Aparecida e um atropelamento sem ferimentos

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Maria Aparecida, Micheli e Othon, são mãe, filha e genro. Eles partiram de Mogi das Cruzes (SP), numa jornada que duraria três dias. “Um dia eu voltava do trabalho e senti um empurrão forte pelas costas. Um caminhão me atropelou, mas tive somente as roupas sujas pelo barro. Um rapaz que presenciou o acontecimento, me disse que eu nasci novamente naquele momento. Desde então, sinto a presença de Nossa Senhora Aparecida em tudo o que faço na minha vida. Das coisas mais simples até nas mais difíceis.”

Antônio Marcos tem a certeza de que se livrará do vício

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“Vou deixar no balcão da Sala das Promessas, o meu nome e esse cabo de vassoura que uso como bengala pra poder concluir a romaria”, diz, Antônio Marcos, vindo de São José dos Campos (SP). Ele queria a cura do vício do álcool e das drogas.

Marcos Antônio sofria com problemas de garganta

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É com a companhia e a boa-vontade do amigo Raymundo Araújo dos Santos, que o comerciante Marcos Antônio de Araújo (à direita) partiu de São Paulo (SP), numa jornada de quatro dias. “Não fiz promessa, vim pela amizade”, diz Raymundo. 

A sintonia dos dois amigos contribuiu para facilitar o trajeto, pois Marcos por alguns momentos travou e não conseguiu mais andar. “Se não tiver fé, não vem. Mas pedi a Ela pra continuar”, partilha Marcos.

A Romaria daqueles que vêm ajudar na caminhada

silvana_eduardogois_romeiros_dutra

Silvana de Moraes saiu de Guarulhos (SP), numa comitiva de alguns carros e um grupo de amigos. Ela conta que após ter passado alguns perrengues em uma Romaria que veio a pé, resolveu cumprir um papel diferente. “Muitos querem cumprir não só a devoção, mas ajudar com água, alimentos, medicamentos e até com a segurança. “Se alguém precisar de algo, passar mal, nós vamos adotando pelo caminho, não importa quem seja, não temos pressa. O que importa é a fé e a disposição”. O grupo de Silvana programou cinco paradas pelo caminho para oferecer ajuda a quem vinha a pé.

2017 – O ano do Jubileu de 300 anos

Apesar de existirem outras rotas que levam os devotos até a Basílica, o movimento é intenso e inevitável durante esta época do ano. Em 2017, um marco na história de Aparecida, devido à comemoração do Jubileu dos 300 anos do encontro da Imagem nas águas do Rio Paraíba, foi mais ainda.

O Santuário Nacional, que está no meio das duas capitais brasileiras, ligadas pela grande rodovia, recebia naquele ano milhares de peregrinações a pé. Gente que vinha na esperança de voltar o olhar a Rainha do Brasil e protagonizar a grande Festa.

O jornalista Eduardo Gois foi conferir o movimento e conversou com algumas pessoas utilizando uma mini-câmera. Você pode relembrar alguns depoimentos no vídeo abaixo.

Também neste mesmo dia, o fotógrafo oficial do Santuário Nacional de Aparecida, Thiago Leon, fez registros que dispensam grandes apresentações. É só mergulhar nos rostos, nos detalhes e na beleza que representa a fé desses brasileiros que vinham e vêm em busca do encontro com a Padroeira.
Thiago Leon
O Casal José Augusto e Dulce (Thiago Leon/A12)

José Augusto e Dulce, de Guarulhos (SP), casados, seguiam em peregrinação pois, em 2011, José Augusto, muito debilitado, esteve 45 dias internado. Ele perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo e levou um ano para se recuperar. Celebrou o Jubileu e agradeceu a Nossa Senhora Aparecida por todas as graças recebidas. Eles reforçam a solidariedade e o apoio das pessoas durante a caminhada. “É difícil, mas com fé é que se consegue”, disse José Augusto.
Thiago Leon
Thiago Leon
Erasmo reza o terço durante o caminho (Thiago Leon/A12)

O taxista Erasmo, de Mangaratiba (RJ), rezava o terço pelo caminho e se emocionava, tamanho o amor que sente por Aparecida.
Thiago Leon
Luiz caminha para agradecer a saúde de sua mãe e da sua filha (Thiago Leon/A12)

Já o Luiz, de Itaquaquecetuba (SP), lembrou o falecido pai, que tinha uma devoção muito forte por Aparecida, mas o motivo principal da caminhada rumo ao Santuário Nacional de Aparecida é a gratidão pela saúde, tanto da mãe, quanto da filha que passaram por momentos difíceis. Ele ressalta que o esforço físico é duro, mas que a fé o motiva a continuar.

2018

O repórter Eduardo Gois mais uma vez foi conversar com romeiros que utilizam a Rodovia para ter acesso ao Santuário Nacional. Confira as lindas histórias que partilharam com a equipe no vlog abaixo.

2019

Tendas de atendimento e acolhimento aos romeiros que trafegam pela rodovia foram montadas para quem passava. Eles recebiam água, comida, massagens e contavam suas histórias de fé. O que marcou mais na matéria que você pode conferir logo abaixo foi a solidariedade dos irmãos evangélicos e também uma noiva que caminhava a pé pela rodovia para cumprir uma promessa. Relembre aqui!

Por Eduardo Gois, da A12

*Conteúdo da A12

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