Economia

Investimento atrelado à inflação pode ser alternativa contra a crise

Na hora de criar uma carteira de investimentos, a recomendação do mercado financeiro é considerar diferentes aspectos, como as características dos ativos, o cenário econômico, o perfil e os objetivos do investidor. As informações orientam sobre quais os melhores produtos no momento.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o conhecimento sobre a rentabilidade, a liquidez e os riscos associados aos produtos financeiros permite ao investidor reconhecer quais estão mais alinhados com os seus interesses.

Já as informações sobre o cenário econômico possibilitam analisar qual será o comportamento dos ativos no curto, médio e longo prazos. Assim, o investidor pode fazer escolhas mais assertivas, evitando a chance de perdas financeiras.

Ainda segundo a Anbima, o perfil do investidor mostra a sua tolerância aos riscos. Considerando que toda carteira de investimentos deve ser diversificada, a distribuição dos recursos financeiros entre renda fixa e variável será realizada a partir dessa tolerância.

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Quem tem o perfil conservador irá direcionar a maior parte do dinheiro para aplicações de renda fixa, que são consideradas mais seguras. Quem é arrojado e está disposto a correr mais riscos irá fazer o inverso. Já os moderados devem procurar dividir os recursos entre as duas modalidades.

A Anbima explica que a diversificação é a principal estratégia para diluir riscos e equilibrar perdas, pois a variação negativa de um ativo pode ser compensada pela valorização de outro.

De olho no cenário econômico

Com os juros e a inflação em alta, a economia nacional vive um período de crise. Embora as perspectivas sejam de redução da taxa básica Selic e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no médio prazo, os indicadores ainda devem permanecer em patamares elevados ao longo de 2023.

De acordo com o Relatório Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central em 24 de março, a expectativa é que a Selic encerre o ano em 12,75%, o que corresponde à queda de um ponto percentual em relação aos atuais 13,75%.

Já o IPCA, considerado a inflação oficial do país, deve sofrer uma ligeira alta. O indicador que encerrou o ano passado acumulado em 5,79%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve fechar 2023 em 5,93%, conforme projeção do Banco Central.

De acordo com o Relatório Focus, a Selic e o IPCA devem reduzir gradativamente até 2026, quando devem chegar aos percentuais de 9% e 4%, respectivamente.

Opções de investimento

Diante das perspectivas do Banco Central, os investimentos com remuneração atrelados à Selic e ao IPCA podem ser alternativas para o investidor incluir na carteira e aumentar o potencial de retorno financeiro.

Entre as opções disponíveis no mercado estão os títulos públicos, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA. São considerados os investimentos mais seguros do mercado, pois têm a garantia do governo federal.

Também com remuneração atrelada à inflação há as debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas. A flutuação do mercado e o crédito da companhia emissora são os principais riscos para o investidor.

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) têm a remuneração associada à taxa CDI, que acompanha o comportamento da Selic. Os papéis são emitidos por bancos e instituições financeiras e contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que aumenta a segurança para quem investe.

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras com o propósito de financiar projetos dos respectivos setores. A remuneração pode ser atrelada ao IPCA ou ao CDI. Entre as principais vantagens estão a cobertura do FGC e a isenção do Imposto de Renda.

*Conteúdo produzido por Fernanda Teodoro – Experta Media

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