Polícia

Líder do tráfico é preso em operação policial em Praia Grande, no litoral paulista

Caio Vinicius de Almeida, o ‘Nego Boy’, é suspeito de envolvimento na morte de um PM da Rota e mantinha conversas sobre o crime no celular.

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Caio Vinicius de Almeida, o ‘Nego Boy’, é suspeito de envolvimento na morte de um PM da Rota(Divulgação – Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu na noite de sábado (10) um homem apontado como líder do tráfico de drogas na comunidade onde o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto a tiros em Santos, no litoral de São Paulo. Caio Vinicius de Almeida, de 35 anos, conhecido como ‘Nego Boy’, foi detido em um apartamento de luxo em Praia Grande, cidade vizinha. No celular dele, os policiais encontraram conversas sobre o assassinato do PM da Rota e outras atividades criminosas.

A prisão de ‘Nego Boy’ faz parte da Operação Escudo, desencadeada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) após a morte de três policiais na Baixada Santista em menos de uma semana. A operação tem como objetivo identificar e prender os responsáveis pelos ataques aos agentes de segurança e restabelecer a ordem na região.

Segundo a SSP-SP, ‘Nego Boy’ era o principal responsável pela logística do tráfico de drogas e armas nas comunidades do bairro Rádio Clube, em Santos, inclusive na área onde o PM da Rota foi baleado no rosto por um suspeito na última sexta-feira (2). O soldado Samuel Wesley Cosmo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Os policiais civis foram até o apartamento de ‘Nego Boy’ para cumprir um mandado de prisão contra ele. Eles precisaram arrombar a porta, pois o suspeito se recusou a abrir. No imóvel, estavam a esposa e duas crianças de ‘Nego Boy’. Durante a revista, os policiais apreenderam uma arma de fogo com registro vencido, uma pepita de ouro sem documentação, 25 celulares e uma porção de maconha.

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Em um dos celulares, os policiais encontraram mensagens de ‘Nego Boy’ com outros criminosos sobre a morte do PM da Rota e outros assuntos relacionados ao tráfico de drogas, como biqueiras, armas e disparos de metralhadoras. Em uma das conversas, ‘Nego Boy’ diz que “o bagulho ficou louco” após o assassinato do policial e que “os cana estão em cima”.

‘Nego Boy’ foi levado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, onde foi interrogado. Ele negou envolvimento na morte do PM da Rota e qualquer vínculo com facção criminosa. Ele disse que a arma e a pepita de ouro eram de um amigo e que os celulares eram de clientes de uma loja de informática que ele possui. Ele permaneceu preso em flagrante por posse ilegal de arma e usurpação mineral.

A Polícia Civil segue investigando o caso e tentando identificar os demais envolvidos na morte do PM da Rota e nas outras ações criminosas na Baixada Santista. A Operação Escudo já resultou em 19 mortes em confrontos com a polícia na região, além de diversas prisões e apreensões de armas e drogas. A SSP-SP montou um gabinete na Baixada Santista para coordenar as ações e ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro do autor do disparo que matou o PM da Rota.

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