Lula reage à queda de popularidade com campanha regionalizada e crítica a Trump
Com aprovação em baixa, governo aposta em novo slogan, comparação com Bolsonaro e discurso firme contra tarifas dos EUA para reconquistar apoio popular
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma queda significativa em sua popularidade. De acordo com uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada em fevereiro de 2025, a aprovação de seu governo caiu de 35% para 24%, enquanto a reprovação aumentou de 34% para 41%.

Em resposta a esses números, o governo planeja lançar uma nova campanha publicitária com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. Essa iniciativa visa comparar as ações da atual gestão com as do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando esforços de reconstrução e implementação de novos programas sociais, como o “Pé-de-Meia”.
Além disso, o governo brasileiro tem adotado uma postura firme em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump. Uma pesquisa da Latam Pulse revelou que 49,5% dos brasileiros apoiam retaliações contra essas medidas, sugerindo que ações assertivas nessa área podem influenciar positivamente a percepção pública do governo.
No entanto, especialistas alertam que a estratégia de comunicação do governo enfrenta desafios, especialmente ao enfatizar comparações com a administração anterior, o que pode manter o foco em Bolsonaro. A regionalização das campanhas é vista como uma abordagem potencialmente mais eficaz para reconectar o governo com a população.
O presidente Lula, por sua vez, minimizou a importância das pesquisas, afirmando que nunca as levou “definitivamente a sério” e que elas servem para orientar possíveis mudanças de comportamento.
Diante desse cenário, o governo busca estratégias para reverter a tendência de queda na popularidade e fortalecer sua imagem perante o eleitorado.