Morre o ex-vice-presidente Marco Maciel
Marco Maciel, que foi vice-presidente da República nos dois mandatos do governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002, morreu na madrugada deste sábado (12/06), aos 80 anos. Ele estava internado em um hospital em Brasília.
Nascido em Recife, Maciel formou-se em direito pela Universidade Federal de Pernambuco e iniciou sua carreira política no Arena, partido que dava sustentação ao regime militar que depois se tornou o PFL, hoje Democratas.
Ao longo de sua vida, Maciel ocupou diversos cargos públicos, como presidente da Câmara dos Deputados no final da década de 1970, governador biônico de Pernambuco, ministro-chefe da Casa Civil e da Educação do governo José Sarney e senador por dois mandatos.
Maciel sofria do mal de Alzheimer desde 2014, e chegou a se infectar e se recuperar da covid-19 em março, mas voltou ao hospital após contrair uma infecção, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Ele deixa sua esposa, Anna Maria Maciel, e três filhos. O enterro será realizado neste sábado, em Brasília.
Políticos se manifestam
O prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do Democratas, afirmou em nota que Maciel foi “um dos mais importantes quadros” do partido e uma liderança “capaz de motivar políticos de todas as idades”.
“Quando ainda no movimento da Juventude do PFL, recebi palavras e gestos significativos de incentivo que jamais vou me esquecer. Mesmo carinho que nosso fundador direcionou a muitos jovens e políticos ao longo de toda a sua vida”, afirmou.
O ex-ministro da Educação Mendonça Filha, também do DEM, afirmou que Maciel era um “conciliador” e um “exemplo de ética a ser seguido”.
Políticos de outras legendas também expressaram pesar pela morte do ex-vice-presidente. Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à eleição presidencial de 2022, afirmou no Twitter que lamentava a morte de Maciel, segundo ele um homem “decente e de espírito público”.
Paulo Teixeira, deputado federal pelo PT de São Paulo, escreveu no Twitter que Maciel “se notabilizou pela valorização do diálogo”.
Por Deutsche Welle
bl (ots)