Operação policial termina com três mortos no Rio de Janeiro
Operação foi realizada no Complexo de Israel, na zona norte. PM diz que criminosos surpreenderam a polícia
Uma operação policial no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, terminou com três mortos e três feridos na manhã desta quinta-feira (24). A ação, conduzida pela Polícia Militar, tinha como objetivo combater o roubo de veículos e cargas na região, mas encontrou forte resistência dos criminosos.
O confronto começou por volta das 6h e se estendeu até o final da manhã, resultando na interdição da Avenida Brasil, uma das principais vias expressas da cidade, por cerca de duas horas. Durante o tiroteio, criminosos atearam fogo em carros e ergueram barricadas para impedir o avanço das tropas policiais. Motoristas e passageiros ficaram presos no engarrafamento e buscaram proteção nas muretas divisórias da avenida.
Entre os mortos estão um motorista de aplicativo e um passageiro de ônibus, ambos atingidos por balas perdidas. As vítimas foram identificadas como Renato Oliveira, de 48 anos, e Paulo Roberto de Souza, de 60 anos. Outras três pessoas ficaram feridas, incluindo um homem baleado dentro de um ônibus que seguia pela Avenida Brasil.
O que diz a PM sobre a operação
A Polícia Militar informou que a operação foi suspensa devido à intensidade do confronto e ao impacto na rotina da cidade. “A reação dos criminosos foi acima do esperado, o que nos levou a interromper a ação para garantir a segurança da população”, declarou a tenente-coronel Claudia Moraes, porta-voz da PM.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou a operação nas redes sociais, chamando a situação de “mais um dia de vergonha” para a cidade. Ele destacou a necessidade de um planejamento mais eficaz para evitar que ações policiais causem transtornos tão significativos à população.
A operação também afetou o transporte público, com a suspensão de serviços do corredor Transbrasil e a interrupção da circulação de trens entre as estações da Penha e de Caxias. Escolas e unidades de saúde próximas ao local do confronto também tiveram suas atividades suspensas por questões de segurança.