Pesquisas revelam cursos que garantiram mais empregos a partir da pandemia
Áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação ganharam destaque em novo cenário
Com a pandemia, muitas práticas precisaram ser repensadas, algumas delas para não serem abaladas nem diante de momentos de crise como a pandemia da Covid-19. As necessidades físicas e psicológicas, as manifestações culturais, reuniões com amigos e familiares e até mesmo as formas de trabalhar e os trabalhos se readaptaram.
Além dos modos remotos e híbridos de empregar, a própria empregabilidade mudou. Os serviços mais procurados e ofertados à população também refletiram essas mudanças. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) revelou quais foram os cursos que deram mais oportunidades de emprego no período.
A pesquisa também apontou que 69% dos recém-formados na época conseguiram um emprego até um ano depois da formatura.
Saúde em alta
A partir da pandemia, esses cursos que já apresentavam bons resultados na garantia de um trabalho provaram que ainda não tinham alcançado seu ápice de demanda. Com a pandemia, nunca houve tanta solicitação e sobrecarga dos serviços de saúde.
A pesquisa da Abmes revelou que, além do curso de Medicina, que costuma gerar oportunidades de emprego há um bom tempo, outros cursos como Odontologia, Fisioterapia, Psicologia e Farmácia empregaram mais de 50% dos estudantes que os cursaram nesse período.
Amantes da tecnologia
Há pessoas que amam tanto a tecnologia que procuram estudar mais sobre análise e desenvolvimento de sistemas e toda a estrutura de dados que compõem computadores, celulares e outros dispositivos. A pesquisa da Abmes apontou que estudantes de cursos dessas áreas estão no rumo certo para arrumar um emprego, pois tiveram empregabilidade alta durante a pandemia.
Os profissionais de Tecnologia da Informação (T.I.) ocuparam a primeira posição na lista da associação como os que mais conseguiram empregos. Cerca de 82% deles conseguiram um trabalho na área após a formatura.
Isso não surpreende diante do novo cenário. As reuniões de trabalho no Google Meet e no Zoom foram uma pequena amostra de quanto as tecnologias e os profissionais encarregados da manutenção delas trabalharam diante das mudanças que chegaram de forma imediata.
Em pesquisa realizada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp), entre os cursos da área que oferecem mais empregos, está
Engenharia da Computação, que empregou 92,6% dos alunos egressos. Ciência da Computação alcançou um número parecido, mais de 90% dos estudantes também conseguiram um trabalho.
Um levantamento do Fórum Econômico Mundial mostrou que, muito além de serem cursos que apresentaram bons resultados no período da pandemia, as formações em TI prometem trazer boa empregabilidade também a longo prazo. A 4ª edição do Relatório Futuro do Trabalho, que foi publicado em 2023, estima que até 2027 o desenvolvimento tecnológico promete ditar os rumos do mercado de trabalho.
Outros cursos foram mencionados como oportunidades futuras pelo crescimento que têm demonstrado. São eles voltados para Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning; engenharia de fintechs; especialização em sustentabilidade; análise de segurança da informação; e outros similares.
Outras áreas
Com as pessoas mais isoladas, a comunicação e as vendas precisaram chegar até os consumidores de outra forma. O Instituto Semesp informou que a área de Publicidade e Propaganda também gerou empregos, diante de um cenário de crescimento das agências de marketing.
Pelos mesmos motivos, alunos dos cursos de Marketing também sentiram os mesmos efeitos.
Uma menção honrosa também vai para o curso de Direito, que, de acordo com o Censo da Educação Superior 2022, é o segundo maior do Brasil. Todas as mudanças já citadas também refletiram em novos problemas e questões legais que só podem ser atendidos com ajuda do Direito e das especializações derivadas dele.