População que vive na rua cresce 31%
Durante a pandemia da Covid-19, a população de rua na cidade de São Paulo quase dobrou. Em 2021, o censo encomendado pela prefeitura registrou 31.884 pessoas sem-teto. A última pesquisa, feita em 2019, havia registrado 4.868.
De acordo com os dados divulgados no jornal Folha de S. Paulo, o censo da população de rua, feito entre outubro e dezembro de 2021, demonstrou que 28,6% das pessoas afirmaram morar na rua com a família.
Em relação ao levantamento feito antes da pandemia, a população de rua aumentou 31% na capital. O número de pessoas que preferem ocupar as ruas e não ir para os abrigos de acolhimento da cidade subiu para 60%.
Além disso, o percentual de barracas de camping e barracos de madeira instalados em vias públicas aumentou 230%. Este tipo de moradia improvisada foi encontrado em 6.778 locais diferentes.
O censo questionou os entrevistados sobre o que seria necessário para deixar a situação. Dentre as respostas, 45,7% afirmaram que seria preciso um emprego fixo. Para 23,1%, uma moradia permanente. Retornar à casa de familiares foi a resposta para 8,1% e superar a dependência de álcool e drogas foi a afirmação de 6,7%.