Polícia

Investigado pela PF foge para mata ao tentar escapar dos agentes

Alvo da Operação Concierge foi preso em Votorantim, interior de SP

A Polícia Federal prendeu, na manhã de hoje (30), um dos procurados da Operação Concierge, que investiga uma organização criminosa suspeita de crimes contra o sistema financeiro. O investigado foi preso na cidade de Votorantim, região de Sorocaba, e atuava em uma das fintechs investigadas na operação. 

“Ao perceber a chegada dos Policiais, o homem fugiu para a mata atrás do condomínio onde se escondia, tendo sido capturado pelos policiais”, diz a PF, em nota.

Segundo os policiais, ainda há um foragido.

Operação Concierge

Além de crimes contra o sistema financeiro, a operação apura lavagem de dinheiro por meio de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que se mantinham hospedados em instituições financeiras de grande porte. Em nota divulgada em agosto, quando foi deflagrada, a PF explicou que a investigação apontava que a “organização criminosa, por meio de dois bancos digitais – denominados fintechs –, ofereciam abertamente, inclusive em sites da rede mundial de computadores, contas clandestinas, que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, de forma oculta, as quais foram utilizadas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias, entre outros fins ilícitos”.

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As contas desses dois bancos digitais, hospedadas em bancos regulares e autorizados pelo BACEN, movimentaram R$ 7,5 bilhões.

“As contas eram anunciadas como contas garantidas porque eram “invisíveis” ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento, funcionando por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem ligação entre correntistas e bancos de hospedagem”, informou.

Durante a investigação, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chegou a denunciar o fato ao Ministério Público Federal, segundo a PF, que foi juntada aos autos do inquérito policial.

Além das contas bolsões, a organização também usou meios de pagamento com máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada, não relacionadas aos verdadeiros usuários, permitindo a lavagem de dinheiro e pagamento de atos ilícitos de forma oculta.

“O trabalho investigativo identificou e vinculou todos aqueles que, de alguma forma, relacionaram-se com as atividades ilícitas da organização, seja no apoio logístico, financeiro ou operacional, atingindo o núcleo de funcionamento criminoso e viabilizando a responsabilização tanto daqueles que efetivamente comandam o esquema, como daqueles que dão todo o suporte logístico para execução da atividade fim”.

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