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Queermuseu: Exposição já foi visitada por mais de 14 mil

Vinícius Lisboa/Agência Brasil

(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Dez dias depois da inauguração na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Rio de Janeiro, a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” superou as previsões de público ao receber 14 mil visitantes desde 18 de agosto.

Segundo o diretor da EAV, Fabio Szwarcwald, o total de visitantes pode chegar a 60 mil até o fim da temporada, em 16 de setembro.

 Exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Parque Lage, no Rio.
Exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Parque Lage, no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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“Tínhamos uma expectativa de umas 30 mil pessoas, e a gente acha que deve dobrar. Devem vir umas 60 mil pessoas ou mais para ver a exposição”, disse o diretor, que afirmou que o número supera qualquer exposição já recebida pelo Parque Lage. “Isso mostra a importância de promover cultura, promover diversidade”.

A exposição foi viabilizada por uma campanha de doações online (crowndfunding) que arrecadou R$ 1,081 milhão com a contribuição de mais de 1,6 mil pessoas.

A mobilização foi um esforço para reabrir a exposição depois que ela foi fechada pelo Santander Cultural em 2017, em meio a ataques de setores conservadores que acusavam a mostra de promover a pedofilia e a zoofilia. Após o fim antecipado, os produtores chegaram a negociar com o Museu de Arte do Rio (MAR), que é ligado à prefeitura, mas acabou vetada pelo prefeito Marcelo Crivella.

Fabio Szwarcwald conta que o público – depois de conferir obras de artistas como Adriana Varejão, Bia Leite, Cândido Portinari e Lygia Clark – se surpreende com a polêmica gerada à época.

“As pessoas ficam muito impressionadas com o que elas veem e até surpresas”, diz, afirmando que a exposição foi muito difamada, mas pouco vista. “Elas não veem nada que fizesse sentido para todo esse movimento conservador.”

 Exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Parque Lage, no Rio.
(Tomaz Silva/Agência Brasil)

No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, lembrado hoje (29), a exposição é uma opção para ter contato com a obra de artistas que abordaram a temática. “A exposição é muito mais potente quando você vê o conjunto das obras reunidas nesse espaço. Você tem obras da Bia Leite, obras do Alair Gomes, e de outros artistas que orbitam sobre esse tema. O nosso grande diferencial foi reunir todas essas pessoas para trabalharem juntas”.

Além da exposição, o Parque Lage sedia uma programação de atividades culturais e debates com foco na diversidade. Na próxima quinta-feira (30), o espaço sediará um debate sobre Estudos Queer, com Amara Moira, Helder Thiago Maia, Jaqueline Gomes de Jesus e Simone Rodrigues.

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