Refinaria que explodiu em Paulínia é interditada pela ANP
Valéria Verdélio/Agência Brasil
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, após acidente ocorrido na última segunda-feira (20). A decisão foi comunicada ontem (24) à Petrobras, após a empresa indicar a retomada da operação nas unidades que não foram afetadas pelo acidente.
De acordo com a ANP, a medida cautelar tem a finalidade de garantir a segurança operacional das instalações e evitar novos acidentes. Para o retorno, a Petrobras deverá encaminhar à ANP documentos e informações que comprovem condições de segurança adequadas, e aguardar comunicado de desinterdição das instalações.
A interdição não inclui as operações de tancagem e utilidades, desde que não afetadas pelo acidente. No dia seguinte ao incêndio (21) a empresa já retomou a entrega de produtos em estoque às distribuidoras e conta com a produção das demais refinarias para garantir a oferta de combustíveis aos seus clientes.
Petrobras
Em nota, a Petrobras informou que já vinha tomando as medidas solicitadas pela ANP e que, por isso, mantém a perspectiva de reiniciar as operações nos próximos dias, de forma segura. “A companhia está providenciando os documentos para comprovar o isolamento das áreas atingidas pelo fogo no dia 20/8 e, assim, liberar as unidades que não foram afetadas”, diz a nota.
Acidente
O acidente teve início com a explosão de um tanque na U-683. O incêndio se espalhou pelas outras duas unidades e em parte da tubovia principal. Não houve feridos durante acidente e o fogo foi extinto ainda na madrugada.
A ANP informou ainda que já deu início ao processo administrativo de investigação de acidente. A Petrobras também já criou uma comissão interna para investigar as possíveis causas do acidente.
A capacidade total da Replan é de 415 mil barris por dia e responde por quase 20% da produção da estatal. Em nota, a Petrobras informou que “não estima impactos financeiros relevantes, mesmo com os remanejamentos da produção de outras refinarias, reforma das unidades atingidas e eventual importação de derivados, se necessária”.