Capital

São Paulo 468 anos: uma cultura rica formada pela miscigenação

É muito comum, especialmente nos almoços de domingo, quando junta a família, surgirem histórias sobre os antepassados: como chegaram ao Brasil e o que resta das tradições, pratos e trejeitos de cada povo. 

O Brasil, como se sabe, é um país miscigenado, e São Paulo, que faz aniversário neste 25 de janeiro, não é diferente.

Como no restante do país, os primeiros e principais grupos que chegaram foram portugueses, espanhóis, italianos, alemães, turcos, libaneses e japoneses. Uma parte importante da ancestralidade do paulistano também é negra, resultado da chegada dos africanos escravos.

Praça na Bela Vista vazia. Ao fundo, prédios, sendo que um deles traz um desenho grafitado na parede. Imagem também mostra o céu azul com algumas nuvens
Praça Paulo Kobayashi, Bela Vista, área Central de São Paulo (André Bueno/Rede Câmara)

Hoje em dia, o Brasil continua sendo destino de muitos imigrantes. Segundo dados do Relatório Anual do Observatório das Migrações Internacionais 2021 (OBMigra), a presença de imigrantes, solicitantes de refúgio e refugiados no Brasil cresceu exponencialmente nos últimos 10 anos e o Brasil já é consolidado como um “país destino”. São populações diversas, com diferentes origens geográficas, sociais, culturais, entre outros aspectos. Venezuelanos e haitianos lideram o ranking do total de imigrantes e solicitantes de refúgio no Brasil, entre os anos de 2011 e 2020.

“O brasileiro é formado por uma composição genética europeia, principalmente da Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha; depois pela Itália, França, Alemanha, Grã-Bretanha; africana, especialmente pelos povos do oeste do continente, como Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin; nativo-americana, e asiática , sobretudo Japão, Palestina, Síria e Líbano”, conta David Schlesinger, doutor em genética e CEO do meuDNA.  

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Os dados estão nos resultados dos testes de ancestralidade realizados até agora pela empresa, healthtech de testes genéticos brasileira. 

A cidade de São Paulo representa exatamente essa miscigenação do povo brasileiro. A capital, que comemora 468 anos, possui em seus bairros, festas e em seu povo, inúmeras marcas de tamanha miscigenação. 

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(Divulgação)

A gastronomia, por exemplo, tão forte na capital paulista, vai desde o prato-feito, o famoso “PF”, que tem elementos de diferentes culturas, até restaurantes típicos da culinária portuguesa, italiana, espanhola, japonesa, entre tantas outras. Já as festas e os bairros carregam tradições de todos os povos que vieram, e continuam vindo, para deixar a cidade cada vez mais rica e diversa.

O bairro do Bixiga, por exemplo, sedia anualmente a Festa da N. Sra Achiropita, considerada a maior festa italiana no Brasil. Já o bairro da Liberdade, cujo nome está relacionado à escravidão, uma vez que a Praça da Liberdade era local de tortura de negros, passou a receber japoneses no início do século XX, e atualmente reúne feiras, lojas e restaurantes típicos do Japão, além do Festival do Japão, maior evento da cultura japonesa no mundo.

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(Arquivo/Paróquia Nossa Senhora de Achiropita/Reprodução)

DNA

A empresa explica que é possível, por meio de análise genética, identificar as origens de cada cidadão. Ele identifica marcadores genéticos do DNA de cada pessoa e compara-os com os marcadores característicos de diferentes povos.

“O meuDNA Origens conta com uma base de dados de 88 populações do mundo e identifica ancestralidades que podem ter origem de até oito gerações anteriores, o equivalente aos bisavós dos tataravós”, diz, em nota à imprensa.

Entre os milhares de testes que o meuDNA Origens realizou, a empresa destaca os seguintes pontos sobre os resultados:

  • Cada usuário tem, em média, a contribuição de 8 populações em seus resultados;
  • Os usuários com o menor número de populações em seus resultados foram aqueles com apenas 1 população (ou seja, 100% de correspondência com uma única população!), e o usuário com maior número teve 22 populações em seus resultados!; 
  • Assim, das 88 populações que constam no teste, mais de 60 populações já foram detectadas entre os usuários.

Se conectar com suas origens é uma forma de honrar as gerações anteriores e lembrar de nossos ancestrais com respeito, além de representar uma jornada de autoconhecimento. Como já dizia Paulo Freire, “quanto mais me dou à experiências de lidar sem medo, sem preconceito, com as diferenças, tanto melhor me conheço e construo meu perfil”. O povo brasileiro tem em seu DNA e em sua cultura a mistura de diversos povos, devemos celebrar e exaltar essa miscigenação, porque isso é que nos torna tão plurais e tão únicos ao mesmo tempo.  

Sobre o meuDNA Origens

O meuDNA Origens é o teste de ancestralidade com o maior número de populações, em que são consideradas 88 povos ao redor do mundo. O teste traz a  possibilidade de conhecer a história do seu DNA até oito gerações anteriores, o equivalente aos bisavós dos tataravós. Ele gera resultados detalhados e oferece conteúdos exclusivos sobre a cultura e as tradições de cada região, assim como a chegada dos povos ao nosso país.

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