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Sonegação: Operação cumpre mandados em cinco cidades paulistas

Endereços em cinco cidades paulistas são alvos da operação Resina Fria, deflagrada na manhã de hoje (17), para investigar um esquema que pode ter provocado R$ 13 milhões de prejuízo aos cofres públicos. A ação que investiga a quadrilha tem a participação da Receita Federal, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, as Secretarias da Fazenda dos dois estados e a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.

O objetivo é “obter provas relativas a operações fraudulentas utilizadas para a prática de sonegação fiscal”.

Segundo nota divulgada pela Receita, estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios dos investigados. Os agentes cumprem seis mandados em Itapeva, quatro em Buri, um em Avaré, dois em Capão Bonito, no interior de São Paulo, e um em Guarujá, litoral paulista. Na cidade de Mostardas, Rio Grande do Sul, mais três mandados são cumpridos.

Agentes da Receita Federal durante cumprimento de mandados em sede de empresa. O local é um galpão com as laterais abertas e estrutura metálica cobrindo o espaço.
Agentes da Receita Federal durante operação (Receita Federal/Reprodução)

A investigação preliminar feita pela Receita apurou “a existência de supostas empresas de fachada, localizadas na região de Itapeva/SP, responsáveis pela emissão de notas fiscais frias com mercadorias descritas como ‘goma de resina’ para a geração de créditos fictícios de tributos”, explica a nota.

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As empresas alvos da ação teriam sido constituídas, segundo a Receita, com “laranjas” em seu quadro societário.

“Por exemplo, uma empresa de fachada que teria emitido mais de R$ 2 milhões em notas fiscais fraudulentas tinha como sócia uma pessoa que trabalhava como seringueira – ou seja, na extração de resina -, que recebia salários modestos”, explica a nota.

Há indícios de que o esquema envolveria a emissão de notas fiscais fraudulentas trocadas entre estabelecimentos dos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

“Além disso, produtores rurais teriam realizado a venda de resina de pinus sem a emissão do correspondente documento fiscal e, consequentemente, sem o recolhimento do Imposto de Renda e do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural)”, completa a nota.

*Atualizada às 8h56 para acréscimo de informações

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