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123 Milhas, HotMilhas e Novum entram com pedido de recuperação judicial em Belo Horizonte

A 123 Milhas, empresa especializada em emissão de passagens aéreas utilizando pontos e milhas, juntamente com a HotMilhas e a Novum, entraram com um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. A medida foi tomada devido à grave crise financeira enfrentada pelas empresas, considerada a pior desde suas fundações.

No dia 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu a venda de pacotes e emissão de passagens promocionais com embarques previstos a partir de setembro de 2023. De acordo com o pedido de recuperação judicial, as vantagens que permitiam a emissão de bilhetes aéreos mais baratos, principalmente por meio de aquisições com milhas, vêm diminuindo gradualmente nos últimos anos.

A suspensão do programa promocional afetou significativamente a credibilidade das empresas perante o mercado, resultando em uma queda drástica nas vendas e no aumento do passivo, devido ao vencimento antecipado de contratos com outros fornecedores.

A 123 Milhas é a principal cliente da HotMilhas, responsável por 90% das operações desta última. Por essa razão, a crise enfrentada por uma empresa acabou afetando diretamente a outra.

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A recuperação judicial é um processo que permite a uma empresa em dificuldades financeiras continuar operando enquanto negocia com seus credores, com a mediação da Justiça. Durante o período de recuperação, as dívidas ficam congeladas por 180 dias, garantindo a continuidade das atividades empresariais.

Segundo a defesa das empresas, o pedido de recuperação judicial foi feito para proteger seus interesses privados, mas também para garantir a manutenção dos postos de trabalho, produção, geração de riquezas e recolhimento de tributos.

A 123 Milhas afirmou em nota que o objetivo do pedido de recuperação judicial é assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A medida permitirá concentrar em um único juízo todos os valores devidos pelas empresas.

Agora, as empresas aguardam a decisão da Justiça em relação ao processamento do pedido de recuperação judicial e a concessão da recuperação para superar a crise momentânea e retomar suas atividades de forma sustentável.

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