19% mais caro, feijão deixa de fazer parte do cardápio dos paulistanos
Já ouviu aquele ditado, “O jeito é colocar mais água no feijão”? Pois é, esse ditado está sendo usado literalmente por muitos paulistanos que ao irem ao supermercado estão encontrando o item em valor mais caro que o normal – 19% a mais em comparação a valores do mesmo período do ano anterior.
O SP Agora pesquisou preços de feijão em três supermercados de grande movimento em São Paulo e encontrou consumidores que apenas consultavam o valor do item, mas coloca-ló no carrinho de compras e levar um pacote de 1 kilo para casa era uma escolha difícil e para poucos.
De seis marcas consultadas nos estabelecimentos, a média de preço era de R$ 9 à R$ 12.
Essa não é a primeira vez que o valor do item mais consumido pelos Brasileiros aparece com alto valor nos supermercados. Em 2016 o valor do grão teve aumento de 54% do valor comum em todo o pais. Mas o alto valor tem uma justificativa.
O principal motivo é o clima, que prejudicou a produção. Com menos feijão no mercado, o preço acabou subindo. A diminuição da área de plantio e o encarecimento da saca devido à estiagem nas regiões Sul e Sudeste, que são as maiores produtoras, são os motivos apontados para a alta dos preços. Na semana passada, a saca chegou a custar R$ 400, valor mais alto registrado desde julho de 2016. Naquele ano, o produto subiu 39% e os preços passaram de R$ 10.
Pelo Índice de Custo de Vida do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), só na capital paulista, o aumento médio do produto foi de 28,71% no primeiro mês do ano e de 32,06% no acumulado em 12 meses.
De acordo com a Ibrafe – Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses, os aumentos devem continuar até o mês de abril, quando entra a segunda safra. A dica agora é optar pelo feijão-fradinho, já que o feijão-preto também deve ficar mais caro.