Empreendedorismo

Como uma loja pode começar a vender online?

O universo do comércio eletrônico tem se tornado cada vez mais atrativo para as empresas. Os números do mercado mostram uma evolução consistente nos últimos anos, sobretudo, com o processo de digitalização da economia acelerado pela pandemia. Por isso, muitos lojistas têm investido em loja online como uma ferramenta a mais para ajudar a vender.  

De acordo com a pesquisa Shopping During The Pandemic, organizada pela IPSOS com entrevistados de 28 países, cerca de 47% dos brasileiros fizeram mais compras online durante a pandemia do que antes de seu início, em 2020. 

Em paralelo, a expansão do e-commerce no Brasil segue em forte tendência de crescimento. Um estudo realizado pelo PayPall em parceria com a BigDataCorp mostrou que o número de novas lojas online cresceu cerca de 22% entre 2020 e 2021. 

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Contudo, será que no meio de tanta expansão, os lojistas e gestores estão fazendo a lição de casa da maneira correta? Pensando nisso, organizamos algumas dicas do fundador da Climba Commerce, Rafael da Cunha, para as empresas que ainda não contam com uma loja virtual, mas têm como meta abrir uma. 

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Confira. 

De início, o primeiro passo é começar a investir em marketing digital. Seja e-commerce ou qualquer outro tipo de negócio virtual, este é, talvez, o tópico mais importante de todos, diz Rafael. 

Segundo o especialista em e-commerce, a sua utilização, de forma resumida, compreende o uso das redes sociais, e-mails, blog e utilização de conteúdos patrocinados. Obviamente, não basta apenas criar um perfil ou site, publicar conteúdos e a mágica está pronta! Não! É preciso pensar em cada uma das ferramentas de forma estratégica. 

“Neste sentido, é sempre recomendado que a empresa crie uma equipe de colaboradores e parceiros para cuidar deste tipo de ação”. 

O segundo passo, de acordo com o CEO da Climba, é conhecer o seu nicho de atuação dentro da internet. Existem algumas diferenças entre uma loja física e virtual mesmo quando são do mesmo segmento. Os concorrentes de uma varejista na internet, por exemplo, são gigantes como Casas Bahia, Amazon e Magazine Luiza. 

“Porém, na 25 de março, famosa rua com diversos comerciantes em São Paulo, eles mudam de perfil. Neste sentido, é preciso organizar um benchmarking bem detalhado para conhecer ainda mais o posicionamento das outras empresas no mercado digital”, comenta. 

Em paralelo a isso, também é importante compreender os clientes. Para levar um comprador do ambiente físico para o virtual é preciso entender qual o comportamento daquele indivíduo na internet. 

A partir disso, o foco deve se voltar para a construção de relacionamento com os consumidores. Este é um ponto importante, pois existem pesquisas que mostram ser muito mais barato manter um público que já comprou da sua marca do que adquirir novos. 

O terceiro tópico e não menos importante diz respeito ao estoque. Basicamente, lojistas físicos cometem esse erro, pois, em geral, lojas físicas apostam fortemente em variedade e pouca profundidade. 

“Ou seja, eles costumam ter um ou dois itens de um produto X cor Y tamanho Z. Mas, na internet, o jogo é de profundidade. O empresário descobre o produto que vende, fica bem posicionado, e daí  vende muitos itens iguais.  Uma loja de moda multimarcas, por exemplo, é um problema uma vez que o lojista físico tem apenas uma camiseta amarela P e depois de tudo vendido, pronto, todo o trabalho de bater foto, fazer descrição, anúncios facebook/instagram e tudo mais é perdido”, comenta Rafael. 

Por fim, o último tópico trata da estrutura logística, algo indiscutível para uma loja virtual. A dica, neste ponto, é procurar construir uma visão clara de gestão de estoque. “Este, eu diria, é o coração da empresa. Caso os pedidos atrasem ou se percam, a imagem daquele e-commerce ficará comprometida”. 

O ideal é acertar todos os detalhes de logística antes de iniciar a operação. Tentar fazer isso com o site no ar pode ser um “tiro no pé”, uma vez que a tarefa de redefinir estratégias pode prejudicar muito os prazos com os clientes. 

“Hoje já existem soluções no mercado com sistema de ERP que ajudam o empreendedor a não errar e ser ágil neste processo. Sem isso, não tem como uma loja física ir para a internet, pois o controle de estoque seria falho/manual e a emissão de notas fiscais também”.

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