Justiça

Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa é condenado por tráfico de armas

Ronnie Lessa, suspeito na morte da vereadora Marielle Franco, foi condenado na última sexta-feira (5), em um processo no qual respondia por tráfico internacional de armas.

O policial foi condenado a cinco anos de prisão pela importação de 16 peças de fuzil em 2017. Na ocasião, a Receita Federal apreendeu, no Aeroporto Internacional do Galeão, um pacote vindo de Hong Kong com acessórios e munição.

Ronnie Lessa, de camiseta azul, segurando muletas. É um homem de cor de pele clara, óculos de grau.
Ronnie Lessa, ex-PM acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes (Reprodução)

O suposto destinatário era uma academia de musculação. Porém, o real destino era um apartamento de Lessa, onde ele armazenava e montava as armas, de acordo com a investigação da Polícia Federal (PF).

Para a PF e o Ministério Público Federal, os itens apreendidos são “quebra-chamas”, artefatos utilizados para diminuir o clarão gerado por disparos de armas de fogo. Na época da apreensão, o produto era de uso restrito no Brasil.

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A defesa de Lessa contestou a versão das autoridades e disse que os 16 acessórios eram “freios de boca”, que diminuem o movimento da arma quando um tiro é disparado.

A Justiça considerou os fatos graves “tendo em vista a finalidade dos acessórios apreendidos” e que se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15, ordinariamente empregados por organizações criminosas que controlam vastos territórios da cidade do Rio de Janeiro”, aponta a decisão.

Elaine Lessa, mulher do policial, que também respondia ao processo, foi inocentada.

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