Capital

GCM Reforça Escolta de Combustível; Donos de Postos São Ameaçados

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) vai dobrar a quantidade de agentes à disposição de escoltas para caminhões que transportam combustível, por causa da greve dos caminhoneiros. O número de equipes vai passar de 43 para 83, segundo a prefeitura de São Paulo.

Pra se ter uma ideia da importância das escoltas, na segunda-feira a GCM fez 72 escoltas, de 300 caminhões. Para garantir esse serviço, o município suspendeu folgas dos agentes.

Um comitê de crise criado pela prefeitura, com a participação do prefeito, Bruno Covas, monitora a situação do abastecimento de combustível na cidade.

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Fila em posto na Marginal Tietê dava a volta no quarteirão na noite desta terça-feira (29) (Foto: Marcelo Nadalon)

Na zona norte da capital, a fila para abastecer em um posto na Marginal Tietê, sentido Castelo Branco, logo depois da Ponte da Casa Verde, deu a volta no quarteirão. Assim que o carregamento de combustível foi entregue, a fila se formou e em questão de minutos já havia dobrado a quadra.

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Na Avenida Pacaembú, duas filas se formaram em postos que ficam dos dois lados da via. No sentido centro, o frentista contou que 15 mil litros de combustível foram entregues.

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Posto na Avenida Pacaembú deu prioridade à médicos na hora de abastecer (Foto: Marcelo Nadalon)

A fila, neste caso, dobrava a rua Margarida, na Barra Funda, com tempo médio de espera de 20 minutos. Durante o abastecimento, o frentista informou que médicos têm preferência e não precisam pegar a fila.

“A entrega de combustível é mínima e não há previsão para normalizar a situação na cidade de São Paulo. 80% da entrega do combustível é feita pelos caminhões das refinarias que só conseguem sair escoltados. Os outros 20% é feito por caminhoneiros que estão em greve ou com medo de piquetes”, explica o presidente do Sincopetro, José Alberto Gouveia.

Segundo o presidente do sindicato, não há previsão para normalizar o abastecimento. Em nota, ele informou que donos de postos estão recebendo ameaças.

“Tem gente ameaçando botar fogo no posto. É quase uma guerra”, lamentou.

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