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Mocidade Alegre é bicampeã do carnaval paulista com homenagem a Mário de Andrade

Escola da Zona Norte levou para o Anhembi o enredo “Brasiléia Desvairada - A busca de Mário de Andrade por um país” e conquistou seu 12º título no grupo especial

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Escola da Zona Norte levou para o Anhembi o enredo “Brasiléia Desvairada – A busca de Mário de Andrade por um país”(Paulo Pinto – Agência Brasil)

A Mocidade Alegre sagrou-se bicampeã do carnaval de São Paulo em 2024, após uma apuração acirrada com a Dragões da Real, que ficou em segundo lugar. A escola da Zona Norte somou 270 pontos, o máximo possível, nos nove quesitos avaliados pelos jurados. A agremiação apresentou o enredo “Brasiléia Desvairada – A busca de Mário de Andrade por um país”, que retratou as viagens do escritor modernista pelo Brasil, em busca da identidade e da diversidade cultural do povo brasileiro.

A Mocidade Alegre abriu o desfile de sábado (10) com um grito de guerra: “Eu sou Mocidade, sou raça, sou amor, sou tradição”. A escola mostrou a trajetória de Mário de Andrade desde a sua infância em São Paulo, passando pela Semana de Arte Moderna de 1922, até as suas expedições pelo Norte e Nordeste do país, onde conheceu manifestações populares como o bumba meu boi, o maracatu, o frevo e o candomblé.

A escola contou com a participação de personalidades ligadas à obra de Mário de Andrade, como o cantor e compositor Tom Zé, que foi o intérprete do samba-enredo, e o ator Pascoal da Conceição, que interpretou o escritor no carro abre-alas. A escola também homenageou outros artistas que foram influenciados pelo modernismo, como Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Heitor Villa-Lobos.

A comissão de frente representou os “desvairados” que romperam com os padrões estéticos e sociais da época, usando figurinos coloridos e irreverentes. O casal de mestre-sala e porta-bandeira simbolizou o encontro de Mário de Andrade com a cultura brasileira, dançando com leveza e sincronia. A bateria, comandada pelo mestre Sombra, fez paradinhas e bossas que empolgaram o público. A rainha de bateria Aline de Oliveira brilhou à frente dos ritmistas, usando uma fantasia inspirada na personagem Macunaíma, criada por Mário de Andrade.

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O último carro alegórico encerrou o desfile com uma mensagem de esperança e união, mostrando a bandeira do Brasil e o rosto de Mário de Andrade em destaque. A escola deixou a avenida sob aplausos e com a sensação de dever cumprido.

Com o bicampeonato, a Mocidade Alegre chegou ao seu 12º título no grupo especial, se isolando como a segunda maior vencedora do carnaval paulista, atrás apenas da Vai-Vai, que tem 15 títulos. A escola volta ao Anhembi no sábado (17) para o desfile das campeãs, junto com as outras quatro primeiras colocadas: Dragões da Real, Acadêmicos do Tucuruvi, Gaviões da Fiel e Mancha Verde.

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