Acidentes com queimaduras aumentam nas festas juninas
As celebrações tradicionais trazem riscos de acidente com fogos de artifício e fogueiras para a população
Durante o mês de junho, o Brasil se ilumina com as cores e a alegria das festas juninas. No entanto, essas celebrações também acendem um alerta para um tipo de acidente que pode deixar marcas permanentes: as queimaduras. Relatos de incidentes envolvendo fogos de artifício e fogueiras são comuns, e as mãos são frequentemente as mais afetadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), homens entre 15 e 50 anos são as principais vítimas desses acidentes.
As queimaduras de segundo grau, que afetam não apenas a epiderme, mas também a derme, são as mais recorrentes. Essas lesões podem ser graves, levando a hospitalizações prolongadas, desfiguração e até mesmo incapacidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as queimaduras são a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância, e cerca de 180 mil pessoas morrem anualmente devido a queimaduras em geral.
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou quase 5 mil internações por queimaduras nos primeiros três meses do ano, com uma média de 52 internações diárias. Esses números ressaltam a importância de medidas preventivas durante as festas juninas. A SBCM recomenda cuidado especial ao manusear fogos de artifício e ao acender fogueiras, especialmente se estiverem sendo utilizados materiais inflamáveis.
Em caso de acidente, a limpeza da queimadura leve deve ser feita com água corrente, por cerca de dez minutos, seguida da aplicação de uma compressa fria na área. Queimaduras graves exigem atendimento médico imediato. A conscientização sobre os riscos e o conhecimento dos primeiros socorros são essenciais para garantir que as festas juninas sejam lembradas pela alegria e não pelas cicatrizes deixadas por acidentes evitáveis.