“Chuva negra” é registrada por moradores em cidades do Rio Grande do Sul
Fenômeno causado por fumaça de queimadas preocupa moradores e autoridades locais.
Moradores de diversas cidades do Rio Grande do Sul registraram a ocorrência de “chuva negra” nos últimos dias. O fenômeno, que tem causado preocupação entre a população e autoridades locais, é resultado da mistura de fuligem proveniente de queimadas com a chuva, dando à água uma coloração escura.
Cidades afetadas
Os relatos de chuva negra vieram de cidades como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte. A fumaça das queimadas, que se espalhou pelo território brasileiro, também afetou o norte do Uruguai, na fronteira com o Rio Grande do Sul.
Causas do fenômeno
De acordo com meteorologistas, a fuligem das queimadas se mistura com a chuva, resultando na coloração preta da água. A meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, explica que a “chuva negra” ocorre quando a chuva normal passa por uma atmosfera carregada de fumaça. A previsão de instabilidade para os próximos dias pode levar o fenômeno a outras cidades do estado.
Impacto na saúde e no meio ambiente
A qualidade do ar em Porto Alegre, por exemplo, foi classificada como “insalubre” pela empresa suíça IQ Air, com a concentração de partículas de até 2,5 micrômetros (PM2.5) quase 12 vezes acima do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A presença de fuligem na atmosfera pode causar problemas respiratórios e agravar condições de saúde preexistentes.
Previsão para os próximos dias
A previsão é de que a chuva negra continue a ocorrer em várias regiões do estado, inclusive na capital, Porto Alegre, até que uma frente fria se desloque em direção a Santa Catarina e ao Paraná, trazendo alívio para a situação.
Conclusão
A ocorrência de “chuva negra” no Rio Grande do Sul destaca a gravidade das queimadas e seus impactos no meio ambiente e na saúde pública. É essencial que medidas sejam tomadas para controlar os incêndios e minimizar os danos causados pela fumaça.