Pablo Marçal é indiciado pela Polícia Federal por uso de documento falso

A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal, candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, pelo crime de uso de documento falso. Marçal é acusado de divulgar um laudo médico falso contra seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), na antevéspera do primeiro turno das eleições municipais, em 4 de outubro. O laudo falso, publicado nas redes sociais de Marçal, alegava que Boulos teria usado cocaína. A perícia da Polícia Federal concluiu que a assinatura do médico no documento era falsa. Os peritos compararam várias assinaturas ao longo dos anos do médico José Roberto de Souza, que faleceu em 2022, e determinaram que as assinaturas não foram produzidas pela mesma pessoa.

Durante o depoimento, que durou cerca de três horas na Superintendência Regional da PF, na Zona Oeste de São Paulo, Marçal negou qualquer envolvimento no episódio e afirmou que o documento foi postado por sua equipe. A investigação foi aberta após uma notícia-crime apresentada pelo PSOL e tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP).

A análise da Polícia Técnico-Científica de São Paulo comprovou que o atestado médico apresentado por Marçal era falso. Os peritos identificaram divergências significativas entre a assinatura verdadeira do médico e a que constava no laudo divulgado por Marçal. “Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas quanto em suas gêneses”, afirmaram os peritos.

Indiciamento de Pablo Marçal

O indiciamento de Marçal por uso de documento falso pode ter sérias consequências legais e políticas. O uso de documentos falsos em campanhas eleitorais é um crime grave e pode resultar em penas severas. Além disso, o episódio pode impactar negativamente a imagem pública de Marçal e sua carreira política. Guilherme Boulos, que registrou um boletim de ocorrência sobre o laudo falso, afirmou que a divulgação do documento foi uma tentativa desesperada de difamá-lo durante a campanha. “A verdade prevaleceu, e a justiça está sendo feita”, declarou Boulos.