Barragem se rompe na Serra Gaúcha e deixa municípios em alerta, diz governador
Orientação do governo é que moradores de municípios próximos deixem áreas de risco e busquem abrigo em regiões mais altas.
Na tarde de quinta-feira (2), a barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, localizada na bacia do Rio Taquari-Antas, no município de Cotiporã, Rio Grande do Sul, sofreu um rompimento parcial. O incidente ocorreu a cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre e foi confirmado pela Companhia Energética Rio das Antas.
O governador Eduardo Leite, através de um vídeo nas redes sociais, informou que, de acordo com técnicos, o colapso não deverá causar “a devastação de uma enxurrada”. No entanto, a população das cidades abaixo do local do rompimento deve estar atenta ao aumento do nível do rio Taquari.
A Defesa Civil do estado já estava alertando a população para a elevação do nível do rio devido às fortes chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (26). Com o apoio de outros órgãos públicos, a Defesa Civil está retirando as famílias que permaneciam nas áreas de risco.
A Companhia Energética Rio das Antas detectou o rompimento parcial às 13h40 e já havia acionado o Plano de Ação de Emergência em coordenação com as Defesas Civis da região, incluindo o acionamento de sirenes de evacuação.
A Casa Civil do estado, após ser informada do rompimento, contatou imediatamente as autoridades dos municípios afetados para iniciar as evacuações necessárias. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está apurando as causas e consequências do rompimento.
O mais recente balanço da Defesa Civil estadual aponta que, em todo o estado, ao menos 13 pessoas já morreram e 12 ficaram feridas devido às consequências das chuvas intensas. Há 21 pessoas desaparecidas e mais de 67.860 mil pessoas foram afetadas por alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais. O número de desalojados é de 9.993, enquanto 4.599 pessoas buscaram abrigos públicos ou de entidades assistenciais.