CNJ: negado afastamento de juiz que mandou prender Garotinho
Felipe Pontes/Agência Brasil
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) negou hoje (14) um recurso do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho que pedia o afastamento do juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira de suas funções. O juiz mandou prendêr Garotinho em diferentes ocasiões.
No caso julgado nessa quinta pelo CNJ, Garotinho queria a punição do juiz por ter determinado, em 2016, a transferência do ex-governador de um hospital público no Centro do Rio de Janeiro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Gericinó, no subúrbio.
Segundo Garotinho, o magistrado teria ignorado laudos sobre seu quadro de saúde e ameaçado médicos de prisão caso ele não fosse transferido. Ele também acusou o juiz de ser amigo pessoal de um adversário político.
Pela terceira vez consecutiva, após sucessivos recursos, o CNJ negou qualquer punição ao juiz, por entender que ele não incorreu em nenhum desvio de conduta ou falta funcional.
Outro lado
A assessoria de imprensa de Anthony Garotinho informa que ainda existe uma queixa-crime contra o juiz Glaucenir Oliveira prestes a ser julgada no Órgão Especial do Tribunal de Justiça. No processo, foi anexado o laudo do médico Marcelo Jardim mostrando que Garotinho corria risco de morte súbita no caso de uma transferência do hospital. Garotinho disse ainda que, “mais uma vez”, prevaleceu o corporativismo.
*atualizado às 17h11 com o posicionamento de Garotinho