Dólar volta a subir: A moeda norte-americana ultrapassa R$ 5,65
Aumento do dólar é influenciado por fatores internos e externos, incluindo críticas do presidente Lula ao Banco Central
O dólar voltou a subir, ultrapassando a barreira dos R$ 5,65, atingindo o maior valor em dois anos e meio. Esse aumento é atribuído a uma combinação de fatores internos e externos, incluindo o desconforto com a política fiscal do governo Lula.
Em junho, o dólar subiu 6,46% e, no acumulado do ano, 15,14%. Essa alta é vista como um reflexo do desconforto com a política fiscal do governo Lula, que tem sido um motivo principal para a demanda pela moeda norte-americana.
As declarações recentes do presidente Lula também têm pesado no câmbio. Lula criticou o atual nível dos juros e o Banco Central, descartando a possibilidade de ajustes fiscais relacionados ao salário mínimo. Essas críticas foram mal recebidas por agentes do mercado, levando a uma aceleração dos ganhos do dólar.
Em entrevista a uma rádio da Bahia, o presidente voltou a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele repetiu que os juros atuais, de 10,5% ao ano, são altos e disse que escolherá um presidente para a autarquia que “olhe o país do jeito que ele é, não do jeito que o sistema financeiro fala”.
Além disso, o relatório Focus mostrou que a projeção mediana do mercado para a inflação em 2024 passou de 3,98% para 4,00% e em 2025 de 3,85% para 3,87%. As expectativas estão se distanciando do centro da meta de 3% para a inflação.
O cenário externo também tem influenciado a alta do dólar. A divisa dos EUA avançou no exterior, contribuindo para a alta do dólar no Brasil.