Política

Liberação dos cassinos: que fará o Senado?

Mais de 30 anos depois, foi aprovado na Câmara dos Deputados, a 24 de fevereiro de 2022, o PL 442/91, propondo um projeto de liberação da operação dos cassinos, de salas de bingo e do jogo do bicho. A proposta surgiu depois da rejeição ou abrandamento de várias ideias semelhantes nos últimos anos, algumas tão ambiciosas como o 442/91 e outras mais restritas, defendendo apenas a liberação de cassinos integrados em resorts turísticos.

A aprovação do PL 442/91 foi, certamente, histórica e pode refletir uma mudança profunda na opinião da sociedade brasileira. Mas sobra a pergunta: será que o Senado vai aprovar?

Liberação dos cassinos: que fará o Senado?
Todos os países das Américas arranjaram uma forma de permitir a operação dos cassinos(pixabay.com)

Frente Parlamentar promete contrariar o projeto

Quase um ano depois, o Senado estará finalmente colocando em pauta esse projeto, sob a forma do PL 2234/2022, que deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça. Entretanto, foi instalada, por ideia do senador Eduardo Girão (Novo-CE), a Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar, que tentará bloquear a discussão. A Frente será apoiada pela bancada evangélica e pelos setores conservadores, que resistem a qualquer mudança que ponha em causa o princípio do jogo como um vício moral.

Cassinos online: a alternativa que corre sem problemas

Enquanto isso, a facilidade de acesso a cassinos online tem crescido significativamente. Os jogadores brasileiros têm a opção de jogar em plataformas estrangeiras licenciadas em seus países de origem, e que não violam nenhuma lei nacional. Essas plataformas são projetadas para oferecer um ambiente de jogo seguro, com criptografia avançada para proteger informações pessoais e financeiras. Além disso, elas geralmente possuem uma ampla seleção de jogos, incluindo caça-níqueis, jogos de mesa e cassino ao vivo, proporcionando aos jogadores uma experiência completa de cassino. Clique aqui e confira um exemplo. Essa facilidade de acesso tem permitido que os entusiastas de jogos de azar no Brasil desfrutem de sua paixão no conforto de suas próprias casas.

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Brasil desalinhado com o resto do mundo

De acordo com uma pesquisa DataSenado, realizada em março de 2022, pouco depois da aprovação do PL 442/91 na Câmara dos Deputados, cerca de 58% dos brasileiros concordam com a legalização dos jogos de fortuna por princípio. A porcentagem sobe em relação a uma enquete anterior, realizada pelo Paraná Pesquisas em 2019, que dava cerca de 55% dos brasileiros favoráveis à liberação e 45% contra.

Os críticos da legalização argumentarão que a enquete do DataSenado inquiriu apenas 806 pessoas e que isso é insuficiente para saber a opinião do país. Claro que ninguém pode retirar a legitimidade democrática do Senado conferida pelo voto, que é uma enquete aberta a todos.

Mas o fato é que o Brasil aparece desalinhado do mundo nesse tema. Praticamente todos os países das Américas arranjaram uma forma de permitir a operação dos cassinos, mesmo aqueles onde largos setores da população são contra – como acontece nos Estados Unidos. Só Cuba e Nicarágua, países de forte inspiração marxista, colocam tantas restrições como o Brasil. Entre os países do G20, só o Brasil e a Indonésia – o maior país muçulmano do mundo – se mostram tão radicais na proibição da prática. É hora de o Brasil perceber que é possível sim conciliar a operação dos cassinos com o desenvolvimento econômico e a proteção dos cidadãos, como é feito nos países com os quais gostamos de nos comparar.

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