São Paulo

Litoral de São Paulo tem 30 praias impróprias para banho; veja quais são e como se prevenir

A Cetesb divulgou um alerta sobre a qualidade da água do mar nas praias do litoral paulista.

O litoral de São Paulo é um dos destinos mais procurados pelos turistas na temporada de verão, especialmente nas festas de fim de ano e no carnaval. A região tem cerca de 600 km de extensão e mais de 150 praias, que atraem milhões de visitantes em busca de sol, mar e diversão.

Mas antes de fazer as malas e pegar a estrada, é importante saber que nem todas as praias estão em boas condições para o banho de mar. Segundo o boletim semanal da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), divulgado em 17 de dezembro de 2023, 30 praias estão impróprias para banho, devido à presença de bactérias fecais na água.

A Cetesb é o órgão responsável por monitorar e divulgar a balneabilidade das praias do litoral paulista, através de boletins semanais e anuais. A balneabilidade é a condição de qualidade da água do mar para o banho dos frequentadores. A classificação leva em conta a quantidade de bactérias encontradas nas águas, especialmente aquelas originadas do esgoto.

Segundo a Cetesb, a praia é considerada imprópria quando as amostras coletadas apresentam mais de 100 unidades formadoras de colônias (UFC) de enterococos [bactérias fecais] por 100 ml. Nessas condições, a água pode aumentar o risco de contaminação e doenças como hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras, sendo a mais comum a gastroenterite, que pode causar enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça, febre, infecções dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.

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“O fato da praia estar imprópria não significa que todas as pessoas que se banharem no local irão contrair alguma dessas doenças. Isso depende das condições imunológicas de cada um e do tipo de exposição de cada um – se fica muito tempo na água, se mergulha a cabeça, se engole água”, explicou a companhia.

A balneabilidade das praias pode variar de acordo com as condições climáticas, o volume de chuvas, o fluxo de esgoto e o número de banhistas. Por isso, é recomendável consultar o site da Cetesb antes de ir à praia, para verificar a situação atualizada da qualidade da água.

A Cetesb divulgou um alerta sobre a qualidade da água do mar nas praias do litoral paulista(Nivaldo Lima – SP AGORA)

Quais são as praias impróprias para banho no litoral de São Paulo?

As 30 praias impróprias para banho no litoral de São Paulo estão distribuídas em 11 cidades, do litoral norte ao litoral sul. Veja a lista completa abaixo:

  • Ubatuba: Rio Itamambuca, Itaguá (altura da Av. Leovigildo, altura do 240 e do 1.724), Perequê-Mirim e Lázaro.
  • Caraguatatuba: Tabatinga, Rio Tabatinga, Prainha e Palmeiras.
  • São Sebastião: Prainha e Preta do Norte.
  • Ilhabela: Armação e Itaquanduba.
  • Bertioga: Enseada (altura da rua Costabili).
  • Guarujá: Perequê e Enseada (altura da Av. Santa Maria).
  • Santos: Gonzaga, José Menino (altura da rua Fred Ozanan e da Olavo Bilac) e Boqueirão.
  • São Vicente: Praia da Divisa e Milionários.
  • Praia Grande: Boqueirão e Vila Mirim.
  • Mongaguá: Central, Santa Eugênia e Agenor de Campos.
  • Itanhaém: Campos Elíseos.

As demais praias do litoral paulista estão próprias para banho, segundo o boletim da Cetesb. No entanto, é importante ficar atento às mudanças nas condições da água, que podem ocorrer devido a fatores como chuvas, marés, ventos e correntes.

Quais são as causas da poluição da água do mar no litoral de São Paulo?

A poluição da água do mar no litoral de São Paulo é causada principalmente pelo lançamento de esgoto doméstico e industrial sem tratamento adequado, que chega ao mar através de rios, córregos, galerias pluviais e emissários submarinos.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo saneamento básico nas cidades que estão com praias impróprias, nos últimos três anos foram investidos R$ 1,1 bilhão para expandir o sistema de coleta e tratamento de esgotos em todo o litoral paulista. A companhia mantém o programa Onda Limpa para melhorar o saneamento, o meio ambiente e a balneabilidade das praias. Conforme a Sabesp, a Baixada Santista tem 84% de coleta e 100% de tratamento de esgoto, enquanto no Litoral Norte, os índices são de 74% e 100%, respectivamente.

A Sabesp informou que as obras do programa Onda Limpa estão em andamento e que, quando concluídas, vão beneficiar mais de 2 milhões de moradores e 8 milhões de turistas que visitam o litoral paulista todos os anos. A companhia disse ainda que as chuvas intensas e a grande concentração de banhistas contribuem para a piora da qualidade da água do mar, especialmente nas praias urbanas.

Outros fatores que podem contribuir para a poluição da água do mar no litoral de São Paulo são o descarte inadequado de lixo, a ocupação irregular do solo, a falta de fiscalização e educação ambiental, a erosão costeira, o desmatamento, a pesca predatória e a contaminação por óleo.

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