Lula faz criticas à gestão Bolsonaro e chama ex-presidente de “incompetente”
O presidente petista disse que o ex-presidente não tinha governança e que quem conduzia o país era o Congresso Nacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e justificou o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissão no orçamento de 2024. Em entrevista nesta terça-feira (22), Lula afirmou que Bolsonaro não tinha “governança” e que quem governava o país era o Congresso Nacional.
Lula disse que Bolsonaro era “tão incompetente” que não deixou dinheiro para cumprir as próprias dívidas e compromissos no governo. Ele também acusou o ex-presidente de não ter capacidade de discutir o orçamento, porque não queria ou porque não fazia parte da sua lógica. “Ele não tinha sequer capacidade de discutir Orçamento, porque não queria, ou porque não fazia parte da lógica dele. E nós resolvemos restabelecer uma relação democrática com o Congresso Nacional”, disse Lula.
O presidente petista explicou que o veto às emendas parlamentares se deu por razões de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, já que essas emendas não estavam previstas na proposta original do Executivo e poderiam comprometer o equilíbrio fiscal. Ele disse que vai conversar com os líderes partidários para encontrar uma solução que atenda às demandas do Legislativo e do Executivo.
Lula também defendeu que o Congresso Nacional deve ter autonomia para discutir e aprovar o orçamento, mas que o Executivo deve ter a prerrogativa de vetar o que considerar inadequado. Ele disse que espera que os parlamentares façam emendas, sejam contra ou a favor, e que nessa discussão se encontre o caminho do meio e uma coisa que seja plausível para o povo brasileiro.
O presidente petista disse que não tem nada a reclamar da relação do Poder Executivo com o Congresso Nacional e que tem conversado sobre tudo com as lideranças partidárias. Ele afirmou que os representantes dos partidos têm tido “a compreensão necessária das coisas que têm que fazer”. Ele também elogiou o trabalho dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e disse que eles têm sido “parceiros” do governo.
Lula disse que o seu objetivo é governar o país com “tranquilidade” e “harmonia” entre os poderes, e que não vai se deixar levar por provocações ou ataques de Bolsonaro ou de seus apoiadores. Ele disse que Bolsonaro é “um caso perdido” e que não merece a sua atenção. “Eu não vou ficar discutindo com ele, porque ele não tem nível para discutir comigo. Ele não tem estatura política, moral, ética, intelectual para discutir comigo”, disse Lula.