Lula pede votos para Boulos no Dia do Trabalhador e pré-candidatos acionam justiça
Pedido de votos antes do início oficial da campanha gera controvérsia entre pré-candidatos
Durante as celebrações do Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo aos eleitores para que votem em Guilherme Boulos, deputado federal pelo PSOL e pré-candidato à prefeitura de São Paulo. O pedido foi realizado antes do período oficial de campanha eleitoral, o que provocou reações de outros pré-candidatos à prefeitura.
Lula descreveu a eleição municipal como uma “verdadeira guerra”, enfatizando a importância do apoio a Boulos contra múltiplos adversários políticos. O presidente expressou que a vitória de Boulos seria assegurada com o voto dos eleitores que historicamente o apoiaram em eleições passadas.
A atitude do presidente gerou críticas de outros pré-candidatos, que acusam Lula de realizar campanha eleitoral antecipada. Alguns afirmam que entrarão com ações na Justiça Eleitoral, alegando propaganda antecipada e abuso de poder político. O Diretório Municipal do MDB de São Paulo, partido do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes, considerou a fala de Lula como propaganda eleitoral antecipada e anunciou que buscará medidas jurídicas cabíveis, incluindo a aplicação de multa ao presidente.
Especialistas em direito eleitoral apontam que o pedido explícito de votos pode ser enquadrado como campanha antecipada, o que é proibido pela legislação eleitoral. A legislação impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe o pedido de voto antes do período eleitoral oficial.
O Palácio do Planalto removeu a transmissão dos discursos do 1º de Maio do CanalGov no YouTube, mas o conteúdo permanece disponível nas redes sociais pessoais de Lula.