Polícia

Ministério dos Direitos Humanos confirma pagamento de passagem para esposa de líder de facção criminosa participar de evento em Brasília

Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura gera polêmica ao incluir participante ligada a uma das maiores facções do país

Nesta quarta-feira (15), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) confirmou que pagou a passagem de Luciane Barbosa Farias, esposa do chefe de uma das maiores facções criminosas do país, para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) realizado em Brasília.

De acordo com o ministério, o pagamento das passagens e diárias foi feito a todos os participantes do evento, que contava com um orçamento próprio reservado ao CNPCT e cujos integrantes foram indicados exclusivamente pelos comitês estaduais. A participação de Luciane Barbosa Farias no encontro ocorreu nos dias 6 e 7 de novembro.

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Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura gera polêmica ao incluir participante ligada a uma das maiores facções do país(Reprodução – Instagram @luhfariasoficial)

Vale ressaltar que essa não foi a primeira vez que Farias teve envolvimento com órgãos governamentais. No início de 2023, ela já havia feito uma visita ao Ministério da Justiça, onde se encontrou com o secretário nacional de Assuntos Legislativos, Elias Vaz.

Luciane Barbosa Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, e ambos foram condenados em segunda instância por crimes como lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa. Tio Patinhas é apontado como chefe do Comando Vermelho no estado do Amazonas e atualmente cumpre pena de 31 anos em um presídio local, enquanto Luciane foi condenada a 10 anos de prisão, mas recorre em liberdade.

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A participação de Farias no encontro gerou polêmica e levantou questionamentos sobre os critérios de seleção dos participantes e a transparência na utilização dos recursos públicos. O Ministério dos Direitos Humanos afirma que os participantes foram indicados pelos comitês estaduais e que o pagamento das despesas foi feito de acordo com o orçamento destinado ao CNPCT.

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