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Nova resolução do Contran sobre bicicletas e patinetes elétricos, saiba mais sobre a nova lei

Desde segunda-feira (4), está em vigor em todo o Brasil a nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que regulamenta o uso de bicicletas elétricas, patinetes elétricos, skates elétricos, hoverboards, monociclos elétricos e ciclomotores. A medida estabelece limites de velocidade e de locais específicos para a circulação de cada veículo, além de exigir placa e habilitação para os ciclomotores.

A regulamentação, no entanto, provocou muitas dúvidas em ciclistas e usuários desses veículos para entender, principalmente, as características de cada modelo e as regras que devem seguir. Para esclarecer as principais questões, preparamos um guia com as informações mais importantes sobre o assunto.

Nova resolução do Contran sobre bicicletas e patinetes elétricos, saiba mais sobre a nova lei
A medida, que entrou em vigor nesta semana, define limites de velocidade e de locais de circulação para cada tipo de veículo(paxabay.com)

O que define a resolução?

De acordo com a resolução do Contran, os veículos são classificados em três categorias: bicicletas elétricas, veículos autopropelidos e ciclomotores.

As bicicletas elétricas são aquelas que possuem pedal assistido, ou seja, que dependem do esforço do ciclista para acionar o motor elétrico. Elas não podem ter acelerador ou qualquer outro dispositivo de variação manual de potência. A velocidade máxima de fabricação das bicicletas elétricas não pode ser superior a 32 km/h e a potência máxima do motor não pode ultrapassar 1000 W (mil watts).

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Os veículos autopropelidos são aqueles que contam com um sistema de propulsão próprio, dotado de acelerador. Eles também devem ter uma ou mais rodas, potência máxima do motor de até 1000 W (mil watts), velocidade máxima de fabricação não superior a 32 km/h, largura não superior a 70 cm e distância entre eixos de até 130 cm. São exemplos de autopropelidos: patinetes elétricos, skates elétricos, as bicicletas elétricas com acelerador, hoverboards e monociclos motorizados.

Os ciclomotores são veículos mais robustos e mais rápidos, que não possuem pedal e têm acelerador. Eles podem ser movidos por combustão interna ou por energia elétrica. No caso dos modelos elétricos, a potência máxima do motor não pode exceder 4 kW (quatro quilowatts). A velocidade máxima de fabricação dos ciclomotores não pode ultrapassar 50 km/h.

Quais são as regras para cada tipo de veículo?

As bicicletas elétricas e os veículos autopropelidos podem circular pelas calçadas e ciclovias – desde que respeitando os limites de velocidade definidos normalmente pelas prefeituras de cada município. Eles também devem dar preferência aos pedestres e aos demais veículos não motorizados. Além disso, esses veículos devem ter indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna dianteira, traseira e lateral.

Os ciclomotores só podem trafegar na rua, em faixas exclusivas ou compartilhadas com outros veículos motorizados. Eles também devem ter placa e licenciamento, assim como os automóveis. O condutor precisa ter habilitação específica na categoria ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) ou na categoria A (para motocicletas). O prazo para emplacar e habilitar os ciclomotores é até o fim de 2025.

Quais são as penalidades para quem descumprir as normas?

Os infratores estão sujeitos às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que variam de acordo com a gravidade da infração. As multas podem ir de R$ 88,38 a R$ 293,47, além da possibilidade de remoção do veículo. As infrações mais comuns são: conduzir veículo sem placa ou licenciamento, conduzir veículo sem habilitação, conduzir veículo em local proibido, conduzir veículo sem equipamentos obrigatórios e conduzir veículo com excesso de velocidade.

Qual o objetivo da resolução?

Segundo o Contran, o objetivo da resolução é garantir a segurança dos usuários desses veículos e dos demais atores do trânsito, como pedestres, ciclistas e motoristas. A medida também visa padronizar a classificação e a regulamentação desses veículos em todo o território nacional, evitando conflitos entre as normas municipais e estaduais. Além disso, a resolução busca incentivar o uso de modais sustentáveis e alternativos de transporte, contribuindo para a mobilidade urbana e a redução da poluição.

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