Política

Pacheco vence e vai presidir Senado por mais dois anos

Por 49 votos a 32, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado nesta quarta-feira (01/02) por mais dois anos. Ele derrotou Rogério Marinho (PL-RN), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pacheco era considerado o favorito e tinha o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para vencer, eram necessários os votos de 41 dos 81 senadores.

Pouco antes do início da votação, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) retirou a candidatura e anunciou apoio a Marinho. Ele justificou que, desta forma, haveria mais chances de alternância de poder.

Rodrigo Pacheco durante eleição no Senado (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Pacheco foi eleito presidente do Senado pela primeira vez em 2021, com o apoio de seu antecessor, Davi Alcolumbre (União-AP). No começo do mandato tentou manter uma posição de neutralidade em relação ao governo de Jair Bolsonaro e conseguiu viabilizar pautas importantes para o Planalto.

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No entanto, à medida que ameaças golpistas se intensificaram por partes de membros do bolsonarismo, se afastou do ex-presidente e, por várias vezes, defendeu publicamente a democracia, a legitimidade das eleições e a confiança nas urnas eletrônicas.

Logo após a vitória desta quarta, Pacheco prometeu cumprir o mandato com “humildade, responsabilidade e comprometimento” e disse que os atos golpistas de 8 de janeiro “não vão se repetir”.

“Buscarei sempre desempenhar esse papel [de presidente do Senado] em obediência à Constituição federal”, destacou.

Ele prestou homenagem ao oponente, Rogério Marinho. “A essência da democracia deve ser essa: solucionar disputas e fazer a divergência pacificamente”, afirmou.

Pacheco também destacou que os interesses do país estão além e acima de questões partidárias.

Posse de 27 senadores

Antes da escolha do novo presidente, os 27 senadores eleitos em outubro – um por cada unidade da federação – tomaram posse, durante a chamada reunião preparatória para a primeira sessão legislativa.

Nas eleições passadas, um terço do Senado foi renovado. Os outros dois terços permanecem com os mandatos até 2026.

Dos 27 senadores que tomam posse, cinco já exercem mandato na Casa e foram reeleitos: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT). Cada um dos 27 senadores eleitos firmou, em poucas palavras, seus compromissos com o país e com seus Estados.

Entre os senadores eleitos, quatro foram escolhidos pela gestão Lula para chefiar ministérios: Flávio Dino (PSB-MA) na Justiça, Wellington Dias (PT-PI) no Desenvolvimento Social, Camilo Santana (PT-CE) na Educação e Renan Filho (MDB-AL) nos Transportes.

Como a Constituição determina que parlamentares que assumem cargos de ministro não perdem o mandato no Congresso Nacional, eles também foram empossados. No entanto, quem assumirá as cadeiras são seus suplentes. 

Presença de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro acompanhou a posse dos novos senadores. Na campanha eleitoral, ela apoiou a candidatura da ex-ministra da Mulher Damares Alves ao Senado, que tomou posse nesta quarta. Michelle também vinha atuando para a eleição de Marinho à presidência da Casa.   

Questionada se Jair Bolsonaro teme ser preso, Michelle respondeu: “Não é ele que tem que ter medo de ser preso”.

Bolsonaro está nos Estados Unidos, para onde viajou pouco antes da posse de Lula.

le (Agência Senado, AgBR, ots)

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