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Secretário-geral da ONU alerta para proteção de civis em conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza

António Guterres pede cessar-fogo imediato e denuncia violações à lei humanitária internacional


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo urgente nesta segunda-feira (6) pela proteção dos civis no conflito entre Israel e os militantes palestinos do Hamas. Ele alertou que a Faixa de Gaza está se tornando um “cemitério de crianças”, enfatizando a necessidade de ações imediatas para encontrar uma solução humanitária e sair deste ciclo de destruição.

Guterres destacou a importância de um cessar-fogo imediato e instou as partes envolvidas a encontrar uma saída para evitar mais danos e sofrimento. Ele ressaltou que a proteção dos civis deve ser uma prioridade fundamental, destacando as violações claras da lei humanitária internacional neste conflito.

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(Reprodução – Redes Sociais)

Israel tem como objetivo eliminar o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, em resposta a um ataque em que militantes assassinaram 1.400 pessoas e fizeram mais de 240 reféns. O país tem realizado ataques aéreos e impôs um cerco à região, além de lançar uma incursão por terra. Autoridades de saúde palestinas relatam que o número de mortos em Gaza já ultrapassa 10.000.

O secretário-geral da ONU expressou preocupação com o crescente número de crianças mortas ou feridas diariamente, destacando a gravidade da situação humanitária. Ele enfatizou a necessidade de apoio financeiro e anunciou que a ONU precisa de US$ 1,2 bilhão para fornecer ajuda humanitária a 2,7 milhões de pessoas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

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Guterres também condenou as violações dos direitos humanos cometidas pelas Forças de Defesa de Israel, que afetam civis, hospitais, campos de refugiados, mesquitas, igrejas e instalações da ONU, incluindo abrigos. Ele destacou que ninguém está seguro nessa situação. Ao mesmo tempo, ele mencionou que o Hamas e outros militantes estão usando civis como escudos humanos e lançando foguetes indiscriminadamente em direção a Israel.

O secretário-geral revelou que 89 membros da agência de refugiados palestinos da ONU morreram em Gaza durante o conflito, o maior número de mortes na história da organização em um período comparável.

Embora alguns caminhões com ajuda humanitária tenham conseguido entrar em Gaza pelo posto fronteiriço de Rafah, controlado pelo Egito, a ONU tem ressaltado que essa assistência é insuficiente para atender às necessidades da população civil de Gaza, que conta com cerca de 2,3 milhões de pessoas, das quais mais de um milhão ficaram desabrigadas devido aos ataques aéreos.

Guterres destacou que a passagem de Rafah não tem capacidade para processar a quantidade necessária de caminhões de ajuda humanitária e ressaltou a urgência de uma resposta mais abrangente para atender às imensas necessidades da população afetada pelo conflito. Nos últimos dois anos, pouco mais de 400 veículos conseguiram entrar em Gaza, em comparação com os 500 veículos no dia anterior ao início do conflito. Esses números não incluem os veículos de transporte de combustível.

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