Sobe para 11 número de mortos por causa das chuvas no Rio
A cidade entrou em situação de emergência após a tempestade que causou alagamentos, deslizamentos e transtornos para os moradores
A chuva que atingiu o Rio de Janeiro no sábado (13) deixou um rastro de destruição e morte na cidade. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio, 11 pessoas morreram e uma está desaparecida por causa das fortes chuvas. A cidade entrou em situação de emergência, decretada pelo prefeito Eduardo Paes, e enfrentou diversos problemas causados pelo excesso de água.
As vítimas foram atingidas por afogamento, descarga elétrica, soterramento e desabamento em diferentes bairros da zona norte e da Baixada Fluminense. A pessoa desaparecida é uma mulher que estava em um carro que caiu no rio Botas, em Belford Roxo.
As chuvas também provocaram alagamentos em várias ruas e avenidas da cidade, como a Avenida Brasil, a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida Niemeyer, que ficaram interditadas por horas. O transporte público também foi afetado, com o fechamento de quatro estações da Linha 4 do metrô e a suspensão de 11 linhas de ônibus. O aeroporto Santos Dumont chegou a fechar por algumas horas e teve voos cancelados e atrasados.
A Defesa Civil acionou 29 sirenes em 16 comunidades do município, alertando os moradores sobre o risco de deslizamento. Cerca de 85% da população da cidade está deslocada e depende de ajuda humanitária para sobreviver.
O prefeito Eduardo Paes pediu para que as pessoas não saíssem de casa e montou um centro de crise no bairro da Pavuna, de onde acompanha o trabalho de escoamento da água. Ele disse que a prefeitura está mobilizada para atender as emergências e minimizar os danos causados pela chuva.
A previsão é de que a chuva continue ao longo do dia, com intensidade moderada a forte. A cidade segue em situação de emergência e a recomendação é de evitar deslocamentos desnecessários.
A chuva que caiu no Rio de Janeiro foi a mais forte dos últimos 20 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em algumas áreas, o volume de água superou os 200 milímetros em 24 horas, o que representa mais de 70% da média histórica para o mês de janeiro.