Parque Augusta é inaugurado e homenageia Bruno Covas
A Prefeitura de São Paulo inaugurou na manhã deste sábado (6) o Parque Municipal Augusta “Prefeito Bruno Covas”. O local, que conta com área de 23 mil m², está localizado em um quarteirão entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá. É administrado pela Subprefeitura da Sé.
“Hoje, com a inauguração do Parque Augusta Prefeito Bruno Covas, a cidade passa a contar com 111 parques”, declarou o prefeito Ricardo Nunes, em nota.
Para a implantação do parque foram investidos cerca de R$ 11 milhões pelas construtoras Setin e Cyrela. O terreno pertencia à ambas até 2019, que fizeram acordo com a Prefeitura por meio de uma mediação do Ministério Público. Ambas poderão construir empreendimentos na cidade.
O projeto do Parque Municipal Augusta “Prefeito Bruno Covas” foi pensado de acordo com o Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada.
Estrutura
Totalmente acessível, a área conta com caminhos para passeios, playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica e uma academia de terceira idade. Sanitários públicos, arquibancada e deck elevado também fazem integram o conjunto, que ainda tem áreas de manejo e compostagem, assim como uma estrutura de serviços e apoio para a administração.
Lá também foi feito o restauro da Casa das Araras e do Portal – que são tombados. Até meados dos anos 1970 o local abrigou um palacete e uma escola.
Durante a cerimônia o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Castro, ressaltou a riqueza da fauna e da flora do novo parque.
“Estamos entregando para a cidade de São Paulo um mobiliário muito importante, com 23 mil m². Conta com arborização rica, fauna e flora muito ricas, no coração da capital. A inauguração de hoje é mais uma de tantas iniciativas desta gestão. Sou muito grato ao prefeito Bruno Covas pela entrega deste parque hoje”, ressaltou.
O filho de Bruno Covas, Tomas Covas, esteve no evento e recordou que o meio ambiente sempre foi uma causa defendida por ele.
“Este parque representa muito meu pai., que lutou bravamente para que fosse inaugurado. Representa também o verde e o meio ambiente, que sempre foram muito defendidos por ele desde quando era secretário do Meio Ambiente”, explicou.
Aves silvestres
Foram registradas 21 espécies de aves silvestres no Parque Augusta: nenhuma ameaçada de extinção. No entanto, houve o registro de três espécies que podem vir a entrar em risco devido ao intenso tráfico a que são expostas. São o beija-flor-tesoura, o carcará e o periquito-rico.
Em relação à flora do local há um bosque heterogêneo, com espécies arbóreas nativas e predominantemente exóticas como aglaia, falsa-seringueira e jacarandá-mimoso; frutíferas como abacateiro mangueira, nespereira uva-japonesa e palmeiras como areca-bambu, palmeira-de-leque-da-china e palmeira-washingtonia.
Aprovado pelos munícipes
A nova área verde agradou a professora Carla Bessa, moradora de Santa Cecília, que foi prestigiar a inauguração acompanhada pelo Shih-tzu Chiquinho.
“Acho fundamental termos mais este parque na cidade. Demorou para ficar pronto, mas valeu a pena. Pretendo vir passear e trazer o Chiquinho para se divertir no cachorródromo”, contou.
Fazer exercícios e ler serão as atividades praticadas no Parque Augusta Prefeito Bruno Covas pelo arquiteto Bruno Simão que mora nas proximidades, na rua Santo Antônio. Ele se mudou para a região há cinco anos e, desde então, aguardava a abertura do local.
“Quero vir correr durante a semana, caminhar e ler nos fins aos sábados e domingos que, com certeza serão dias muito concorridos por aqui”, disse.
Mãe da pequena Gabriela, de 5 anos, a secretária administrativa Silvana Tavares estava empolgada com o novo espaço, por ser uma oportunidade da filha interagir com outras crianças.
“Será ótimo. Quero trazê-la para tomar sol e fazer amigos”, afirmou.
Obras paralisadas
A construção do Parque Augusta teve início em 2019, porém foram paralisadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que identificou potencial arqueológico na área, com a hipótese de existir possíveis resquícios de antigos povos indígenas. Foi realizada uma prospecção e não foram encontrados quaisquer vestígios pré-coloniais, mas a presença de faianças finas, cerâmica, vidro e materiais construtivos da transição do século XIX para o XX.