Iraniano preso na Alemanha é suspeito de planejar ataque químico
Um iraniano de 32 anos foi detido no oeste da Alemanha na madrugada deste domingo, (08/01), suspeito de preparar um atentado químico, usando cianeto e ricina.
O homem é “suspeito de ter preparado um grave ato de violência que ameaça a segurança do Estado, ao obter cianeto e ricina com o objetivo de cometer um atentado de extremismo islâmico”, relataram os investigadores.
As autoridades, contudo, não confirmaram se havia uma ameaça concreta e imediata, qual era o nível dos preparativos ou mesmo se o iraniano será indiciado.
Sua residência, na cidade de Castrop-Rauxel (Renânia do Norte-Vestfália), foi revistada na busca por possíveis substâncias tóxicas destinadas a um ataque, segundo comunicado da Procuradoria-geral de Düsseldorf e das polícias de Münster e Recklinghausen.
Fotos mostram numerosos participantes da ação antiterrorismo com trajes de proteção contra risco biológico durante a busca. Um segundo indivíduo também foi preso durante a operação: segundo a emissora de TV WDR, trata-se do irmão do principal suspeito.
Alemanha há anos sob ameaça islamista
Segundo o jornal Bild, as autoridades alemãs foram avisadas há dias por um serviço de informação estrangeiro sobre a ameaça de um ataque com uma “bomba química”.
A ricina é um agente extremamente tóxico classificado como “arma biológica” pelo Instituto Robert Koch, responsável pela vigilância médica médico-sanitária na Alemanha. Extraída das sementes da planta ricina, ela pode ser um veneno mortal, assim como o cianeto.
A Alemanha foi alvo de diversos atos terroristas de fundo islâmico nos últimos anos, entre os quais o com um caminhão contra um mercado de Natal de Berlim, em dezembro de 2016, que deixando 13 mortos.
Em 2018, a polícia alemã deteve um tunisiano de 31 anos e sua esposa, suspeitos de preparar o que teria sido o primeiro atentado biológico do país. O casal havia jurado lealdade ao grupo “Estado Islâmico” (EI). Os investigadores encontraram com eles 84,3 miligramas de ricina e cerca de 3.300 sementes da planta de que se extrai o veneno. Em 2020 o islamista foi julgado e condenado a dez anos de prisão, e sua cúmplice, a oito anos.
av (AFP,Lusa,DPA)